Um dia após a tentativa de roubo a um empresário, a polícia de Praia Grande, no litoral de São Paulo, já tinha a identidade de quatro envolvidos na ação. Na última segunda-feira (19), o grupo, armado com fuzil e pistolas, trocou tiros com seguranças de um homem que levava R$ 130 mil ao banco. Vinicius Paiva, de 30 anos, que passava pelo local de moto, foi atingido por uma bala perdida e morreu.
Na terça-feira (20), os investigadores já tinham o nome de Fabiano
Mateo Lázaro, um velho conhecido da polícia. Ele já foi condenado a 12
anos de prisão, cumpriu sete e estava em regime domiciliar. Ele tem dois
delegados na família: um irmão de criação e uma prima.
No Facebook, Fabiano ostenta um estilo de vida de alto padrão. Os
policiais estiveram no condomínio onde ele mora, em Santos, e
apreenderam alguns bens, incluindo um carro de luxo importado.
Outro suspeito, Maurício Fernando Zacca, de 34 anos, foi preso no
prédio onde mora, a 2 km do local do tiroteio. Imagens obtidas com
exclusividade pelo Domingo Espetacular mostram a chegada da quadrilha no edifício após a ação frustrada.
Um dos comparsas foi baleado na barriga e aparece sendo socorrido pelo
restante da quadrilha. Ainda na garagem, eles trocam de roupa. Segundo o
delegado Aloízio Araújo, todos têm cerca de 1,90 m de altura.
— São frequentadores de academia e fazem musculação. Você pode perceber
nas imagens do circuito do elevador e quando desembarcaram do veículo,
todos eles fortes.
Já foram identificados também Luiz Carlos Pereira Júnior e Luciano
Marques da Silva. Os investigadores sabem que outros dois criminosos
participaram da ação.
Naquela segunda-feira à tarde, o empresário João Avelino Neto contratou
três policiais militares de folga como seguranças. Ele precisava levar
R$ 130 mil ao banco. No caminho, o carro dele e o que fazia a escolta
foram abordados pela quadrilha, que abriu fogo. Os seguranças reagiram e
foram disparados mais de 40 tiros. Avelino Neto conseguiu escapar
ileso.
O motociclista não teve a mesma sorte. A mulher dele, que é
investigadora de polícia e não quer ser identificada, ainda não se
conforma com o que aconteceu.
— Ele era um marido excepcional, daqueles que botava bilhetinho na
porta de ‘eu te amo’. ‘Meu amor, fiz o café, bom dia de trabalho pra
você’. E se eu precisasse, se eu chegasse em casa chateada, ele estava
lá pra abraçar. Isso eu vou sentir muita falta.
http://noticias.r7.com/domingo-espetacular/rapazes-de-classe-media-alta-integram-quadrilha-que-tentou-roubo-e-causou-morte-no-litoral-de-sp-26052014
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