sexta-feira, 21 de junho de 2013

Manifestante invade Congresso e pede para conversar com o 'dono'

Homem foi detido após furar bloqueio policial e discutir com seguranças.
Presidente da Câmara chegou nesta quinta a Brasília após viagem oficial.


Entre os mais de 30 mil manifestantes que foram à Esplanada protestar nesta quinta-feira (20), um conseguiu furar o cordão de policiais militares e invadir o Congresso.

Mais à frente, ao se deparar com um grupo da Polícia Legislativa, justificou, ao ser abordado: "Eu quero conversar com o dono dessa porra! Me leva até ele", disse, numa tenso bate-boca com os seguranças da Casa (veja vídeo ao lado)

O psicólogo de 36 anos, cujo nome não foi divulgado pela polícia, foi detido e levado para prestar depoimento na delegacia interna da Câmara, acompanhado de um defensor público. De acordo com a polícia, ele foi liberado depois de ouvido, mas poderá ser autuado por crime de desobediência.

O manifestante havia passado despercebido pelos policiais militares, mas no momento em que policiais legislativos perceberam que se tratava de um manifestante, teve início uma tensa discussão e depois ele foi levado para dentro.

No momento da confusão, por volta das 19h30, ainda estavam no Congresso o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o presidente interino da Câmara, André Vargas (PT-PR). Ambos deixaram o palácio pouco tempo depois, mas o homem detido não conseguiu falar com eles.

Por volta das 21h, chegou à Câmara o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que voltou para Brasília após passar a semana numa viagem oficial à Rússia.

Após se reunir com a direção da Câmara, disse que os parlamentares precisam “registrar” as insatisfações dos manifestantes e “colaborar”. “Essa Casa tem o dever, por ser uma casa do povo brasileiro, de saber registrá-las, interpretá-las e dar a leitura correta, para dar a sua colaboração. É o que faremos amanhã e nos próximos dias”, afirmou.

Concentração de manifestantes na Esplanada dos Ministérios (Foto: Antonio Augusto/Ag.Câmara)Concentração de manifestantes na Esplanada dos Ministérios (Foto: Antonio Augusto/Ag.Câmara)

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