Para ganhar escala e se aproximar dos clientes locais, companhia trará linha de retroescavadeiras para o Brasil, anunciou ontem o presidente Afrânio Chueire.
O ano de 2013 promete ser de reforço na posição da Volvo Construction
Equipment Latin America, no Brasil. Depois de registrar crescimento nas
vendas da região em 2012 pelo terceiro ano consecutivo, a subsidiária
do Grupo Volvo anunciou a transferência de sua linha de produção de
retroescavadeiras do México para a unidade de Pederneiras (SP).
“A decisão faz parte da estratégia de concentrar a
produção para ganhar escala e ampliar nossa base de clientes”, afirmou
Afrânio Chueire, presidente da divisão América Latina, que participou
pela primeira vez de uma coletiva desde que assumiu em novembro passado.
Atualmente, da unidade do interior de São Paulo, saem produtos
exportados para toda a América Latina, Estados Unidos, Ásia e Europa.
Com isso, a expectativa é de que a nova linha comece a
funcionar a pleno vapor em janeiro de 2014 e produza de 4 a 7 unidades
por dia. A partir da mudança, apenas o Brasil e a Polônia terão fábricas
destes equipamentos da marca. A linha irá fabricar os modelos BL60B e
BL70B, os mais vendidos pela empresa nas Américas. Assim, a unidade
fabril do México, localizada em Tultitlán, próxima da Cidade do México,
manterá apenas a linha de montagem de ônibus.
Também em Pederneiras, a companhia instalou uma fábrica
para a produção de escavadeiras da marca SDLG no Brasil. “Queremos
aproveitar a sinergia com a planta já instalada e fazer da nossa base na
cidade, ainda mais forte para a exportação”, disse Chueire.
Voltada para um público que demanda equipamentos com
tecnologia mais simples e custo reduzido, a marca chinesa passou a atuar
no mercado brasileiro depois de 2006, a partir de um joint-venture
entre a Volvo e a SDLG, com produtos importados. O investimento inicial
na linha de produção foi de US$ 10 milhões e a previsão é de que a
produção tenha início já no segundo semestre.
Chueire explica que o grupo passa a atender os dois
principais nichos de mercado de construção. “Aqueles que demandam
máquinas com alta precisão e tecnologia embarcada têm a Volvo e aqueles
que precisam de custo baixo, sem abrir mão da qualidade têm a SDLG.”
A companhia espera um incremento nas vendas para esta
temporada, entre 3% e 5%. Para Chueire, o mercado deve seguir mais
competitivo. Em 2012, as vendas da companhia cresceram pelo terceiro ano
consecutivo na América Latina, com mais de 4 mil unidades. “O mercado
confirmou a nossa expectativa de vendas”, disse.
No ano passado, a companhia vendeu 4.244 equipamentos de
construção, sendo que 67% desse volume ou 2.864 máquinas, foram
comercializadas no Brasil. Desse total, 60% das vendas na região estavam
relacionadas ao setor de construção. Para este ano, “vemos grande
potencial de crescimento nessa área e também no setor de infraestrutura e
de mineração”, explicou Chueire.
Já as vendas de caminhões cresceram cerca de 160% no ano
passado em relação a 2011. Foram 242 unidades vendidas, ante 93 no
período anterior. Segundo a companhia, o crescimento é notadamente maior
ao do setor, que cresceu 58% em 2012.
http://economia.ig.com.br/empresas/industria/2013-02-20/volvo-traz-linha-de-producao-do-mexico-para-o-brasil.html
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