Vendas de celulares caem pela primeira vez

Pesquisa revela que cenário da economia mundial e comportamento do consumidor mexeram com os números de 2012. Mas a procura por modelos sofisticados cresceu

Rio -  A venda de aparelhos de celulares registrou queda nos últimos quatro anos. Já os consumidores optam por modelos baratos. O levantamento é da norte-americana Gartner, que também aponta a economia global e as preferências de consumo como tópicos de influência para a redução de 1,7% nas vendas, para 1,75 bilhão de unidades em 2012.

O gerente de restaurante André Tokunaga prefere os modelos sofisticados | Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia

Dados da pesquisa também revelam que a Samsung e a Apple continuam na liderança em vendas de celulares. A primeira, que é empresa  sul-coreana, vendeu 385 milhões de aparelhos, sendo 53,5% smartphones. A Apple, por sua vez, 130 milhões de unidades smartphones.

Na avaliação de André Lima-Cardoso, sócio da Infobase Consultoria, há um crescente consumo de smartphones. Segundo ele, esse desejo dos usuários evolui de acordo com lançamentos cada vez mais inovadores.

“Os smartphones representam mais 50% do total de celulares vendidos no mundo. Antes, o sonho de consumidor era ter um celular. Hoje, o sonho é ter um celular completo e que tenha uma infinitude de recursos”, avalia.

O gerente de restaurante André Tokunaga, 25 anos, comprou um iPhone há 6 meses, mas pretende trocar por um aparelho mais novo. A ideia é evitar modelos baratos e apostar nos sofisticados: “Acredito que cada vez mais pessoas têm comprado celulares caros e eles são mais duráveis e mais modernos”.

PERSPECTIVAS

TABLETS
“Hoje, o consumidor está mais criterioso”, diz o especialista André Lima-Cardoso. Ele explica que seria difícil imaginar que o crescimento nas vendas aconteceria indefinidamente”. O consumidor acaba escolhendo fazer economias, aguardar dinheiro e, por fim, comprar equipamento melhor.

CELULARES
Para o especialista, o mercado de tablets ainda não está maduro, ao contrário dos celulares. “Por isso cresce de forma agressiva. A tendência é que as pessoas tenham múltiplos meios. Celulares, notebooks, desktops e tablets vão coexistir”.

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