Uma pesquisa americana sugere que mulheres e homens que aparam, raspam
ou retiram totalmente os pelos pubianos têm maior risco de contrair
doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) do que pessoas que não o fazem
regularmente.
O estudo da Universidade da Califórnia, em São Francisco, sugere que
pequenos ferimentos na pele causados pela retirada dos pelos podem
facilitar a ocorrência de infecções.
Médicos também argumentam que as pessoas que aparam ou raspam os pelos -
e, principalmente, os que retiram todos os pelos pubianos - tendem a
ter uma vida sexual mais ativa.
A pesquisa foi feita com mais de 7,5 mil americanos adultos e publicada na revista médica
Sexually Transmitted Infections
.
Comportamento de risco?
O relatório afirma que as duas explicações mais prováveis para a
ligação entre raspar ou aparar os pelos pubianos e a incidência mais
alta de DSTs eram os cortes minúsculos na pele e o fato de que, segundo
os pesquisadores, pessoas que aparam os pelos pubianos têm uma chance
maior de apresentar um comportamento sexual de risco, com mais parceiros
sexuais.
A pesquisa afirmou que, entre os pesquisados, o barbeador elétrico era a
ferramenta mais comum para aparar os pelos pubianos entre os homens. Já
a lâmina manual era a ferramenta predileta das americanas.
Cerca de um em cada cinco homens e mulheres usou tesouras.
Os pesquisadores afirmaram ainda que os médicos deveriam aconselhar os
pacientes a diminuir a frequência com que raspam ou aparam os pelos
pubianos ou adiar as relações sexuais logo depois de raspar, até que a
pele da região genital tenha se curado totalmente.
Quase três quartos dos pesquisados disseram que já tinham cuidado dos
pelos pubianos antes: 84% das mulheres e 66% dos homens afirmaram que já
tinham aparado, raspado ou depilado os pelos.
Entre estes, 17% declararam ser adeptos da técnica mais "extrema",
retirando todos os pelos ao menos uma vez por mês. Outros 22% afirmaram
fazer com muita frequência, aparando diariamente ou uma vez por semana.
HPV
Na pesquisa, qualquer tipo de procedimento estético em relação aos
pelos pubianos estava ligado a um aumento no risco de contrair uma DST. E
este risto aumentava junto com a frequência e o tipo de procedimento -
ou seja, quanto mais extrema fosse a retirada dos pelos.
Aqueles com os hábitos mais extremos de retirada dos pelos tinham uma
chance entre três e quatro vezes maior de contrair uma DST,
principalmente infecções que são transmitidas através do contato com a
pele, como herpes e HPV.
Mas nem tudo é notícia ruim: as pessoas que aparam, raspam ou depilam
os pelos pubianos estavam mais protegidas contra o chato, um tipo de
piolho que atinge a região pubiana - uma infestação conhecida como
pediculose pubiana.
"Se os cuidados com os pelos pubianos protegem contra a pediculose
pubiana, então os indivíduos que correm o risco de contrair estes
piolhos devem ser aconselhados a remover os pelos", afirmou o relatório.
https://saude.terra.com.br/raspar-pelos-pubianos-aumenta-riscos-de-doencas-sexualmente-transmissiveis-indica-estudo,8aab15532a49ee250b6e20f213526ad7uizdvsmh.html
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