Sucesso no tratamento de certas formas da doença aumentou
consideravelmente nos últimos 30 anos. Porém, entre 20% e 30% das mortes
no país ainda têm tumores malignos como causas.
Praticamente a metade da população alemã apresenta alguma forma de
câncer, mas as chances de sobrevivência cresceram consideravelmente nas
últimas décadas: é o que mostra o relatório atual do Instituto Robert
Koch (RKI) e da Sociedade de Registros Epidemiológicos de Câncer na
Alemanha.
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Os dados apresentados permitem classificar os tumores malignos como uma
doença popular na Alemanha: o risco médio de mulheres apresentarem a
enfermidade está atualmente na faixa de 43%; entre os homens, essa
porcentagem é de 51%.
Para a elaboração do estudo "Câncer na Alemanha", especialistas
analisaram os registros oncológicos de todo o país entre 2011 e 2012. Em
2012 foram detectadas novas afecções cancerosas em 252.060 homens e
225.890 mulheres. As partes do corpo mais comumente afetadas,
concentrando mais da metade dos diagnósticos, são as mamas, próstata e
pulmões.
Fumo, o grande vilão
Contrair câncer ou não depende de diversos fatores. Em algumas formas
da doença, as causas são desconhecidas, até hoje; em outras, elas têm
fundo genético, sendo praticamente impossíveis de influenciar. Uma parte
dos diagnósticos, contudo, tem origem no comportamento do próprio
paciente, sendo o fumo um dos principais vilões.
"Segundo estimativas do Centro de Dados Oncológicos [do RKI], cerca de
15% de todos casos de câncer na Alemanha em 2008 são atribuíveis ao
fumo", diz o relatório. Projetando-se essa proporção nos números de
2012, a conclusão é que mais de 71 mil casos poderiam ter sido evitados
com a renúncia ao tabaco.
Alimentação pouco saudável, falta de movimento e excesso de peso também
elevam o risco de câncer, de acordo com numerosos estudos. Por outro
lado, muitos superestimam a influência das substâncias tóxicas e das
impurezas nos gêneros alimentícios, assim como as influências ambientais
ou o estresse no local de trabalho, alertam os especialistas.
Uma exceção é o gás nobre radônio (Rn), existente na natureza e
responsável por 10% dos casos de câncer pulmonar. Até hoje habitantes da
Alemanha desenvolvem câncer por terem trabalhado com amianto anos
atrás.
Mais chances de sobreviver
Contudo as estatísticas do Registro de Câncer também trazem boas
notícias. Apesar de a população alemã estar cada vez mais idosa, o
número dos diagnósticos de câncer caiu. Os enfermos também têm, hoje,
melhores chances de sobrevivência do que 30 anos atrás: em 2011 e 2012,
62% dos pacientes masculinos e 67% dos femininos ainda viviam cinco anos
após contraírem câncer.
No entanto os prognósticos variam de acordo com a área atingida.
Enquanto no câncer dos testículos ou da próstata, mais de 90% dos
pacientes ainda viviam, cinco anos mais tarde; nos tumores malignos do
pulmão, fígado ou pâncreas, essa percentagem não chega nem a 20%.
A presença do câncer entre as causas de óbitos na Alemanha se mantém
praticamente constante desde o fim da década de 1990: pouco mais de 20%
entre as mulheres e ligeiramente acima de 30% entre os homens. As
maiores conquistas no tratamento da enfermidade foram alcançados nos
tumores da mama, próstata e estômago.
http://noticias.terra.com.br/cancer-atinge-quase-metade-da-populacao-alema,a2b30196ce186fb678760b3d0998cc6e6r8m31nh.html
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