Efeito de cabelo raspado é conseguido por meio da aplicação de pigmentos no couro cabeludo; saiba mais sobre a técnica
Pode
não parecer, mas muitos homens sofrem pressão para se encaixar nos
padrões de beleza e, quando não conseguem, têm a autoestima e a
confiança afetadas. Uma cabeleira bem cuidada está entre os predicados
mais valorizados pela sociedade, e alcançar isso fica cada vez mais
difícil, já que um a cada dez homens com idades entre 20 e 30 anos
começam a apresentar a temida calvíce. E é aí que começa a maratona de
tratamentos para impedir a queda dos fios, uma luta que muitas vezes
acaba em muito dinheiro gasto e zero resultado.
Para Edvaldo Zumba, a experiência de
perder os cabelos aos 27 anos foi terrível. Ele então correu atrás de
shampoos antiqueda, vitaminas, remédios manipulados e chegou até a fazer
um tratamento a laser para estimular o crescimento dos fios. O
resultado, no entanto, ou não parecia natural ou era nulo.
"Quem
nunca passou por isso não consegue nem imaginar o tamanho da dor que eu
sentia. Eu parei de tirar foto, de ir a eventos, parei de me relacionar
com as pessoas, simplesmente porque não gostava da minha aparência",
desabafa.
Para disfarçar a calvice, ele usava boné. "Sofria
muitas provocações e me sentia terrível, porque não tinha nada que eu
podia fazer para solucionar o problema. Além disso, as pessoas que
estavam ao meu lado faziam brincadeiras em vez de tentar entender o
problema."
Já que nenhum tratamento para reverter o quadro
funcionou - e ele também não queria implantar ou usar prótese capilar -,
Edvaldo buscou uma alternativa bem diferente: a micropigmentação
capilar.
De acordo com Wesley Teixeira, representante da
SKALP, empresa que faz a micropigmentação no Brasil, o procedimento é
aplicação de pigmentos na pele do couro cabeludo, reproduzindo a
aparência natural dos folículos capilares.
"Quando
um pelo ou cabelo começa a nascer, em sua primeira fase ele é um ponto,
geralmente com uma variação em tonalidade do preto ao branco. A
micropigmentação reproduz esse ponto dando a impressão de que se trata
de um pelo ou cabelo que está em sua fase de crescimento", comenta
Teixeira.
O processo, no entanto, é bem diferente que o de
uma tatuagem convencional, principalmente porque o pigmento é aplicado
na pele em uma profundidade maior, além das agulhas, que também são
diferentes, específicas para deixarem apenas pequenos pontos na pele, e
não linhas e desenhos, como na tattoo.
A
micropigmentação capilar, segundo Teixeira, é indicada para pessoas em
qualquer estágio de calvície para disfarçar e reproduzir a aparência dos
folículos naturais. O resultado é uma aparência de cabelo raspado
bem rente à cabeça.
Vale
lembrar que a calvície não é considerada uma doença, mas as
consequências psicológicas são capazes desencadear problemas sérios,
como depressão. Entre as causas mais comuns da queda de cabelo estão o
estresse, alterações hormonais, herança genética, uso de
antidrepessivos, tabagismo, uso de produtos químicos aplicados diretos
no cabelo e envelhecimento natural.
"Estou me sentindo muito bem com o resultado. Meus
amigos dizem que meu humor melhorou, brincam que não paro de olhar no
espelho e que qualquer foto que tenha oportunidade eu estou lá
aparecendo", brinca Edvaldo, que conta que o processo não é tão
dolorido. Ele avalia que, em uma escala de zero a dez, o grau de dor é
entre três e quatro.
Cada sessão para a aplicação da pigmentação
demora entre duas e três horas, e o valor do pacote com três sessões
pode variar entre R$ 5 mil e R$ 9 mil. No entanto, é preciso fazer
sessões de retoque a cada dois ou três anos, dependendo da absorção dos
pigmentos por cada tipo de pele e dos cuidados que a pessoa tem, como o
uso de protetor solar.
http://deles.ig.com.br/estilo/2015-06-02/micropigmentacao-capilar-pode-ser-solucao-para-os-carecas.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário