Após serem alvo de manifestação, senadores decidem deixar Venezuela.
Oito políticos brasileiros foram tentar visitar presos políticos.
O líder opositor do governo venezuelano e governador do estado de
Miranda, Henrique Capriles, atribuiu ao presidente Nicolás Maduro as
dificuldades que os senadores brasileiros enfrentaram em Caracas nesta
quinta-feira (18) ao tentar visitar os presos políticos no país.
Henrique Capriles, líder da oposição na Venezuela,em foto de arquivo.
"Que vergonha mandar bloquear @NicolasMaduro a passagem da delegação
Senadores Brasil", afirmou o opositor em sua conta no Twitter. "Em nome
do nosso povo pedimos desculpas à Delegação Senadores Brasil @AecioNeves
Não confundam @NicolasMaduro com essa nobre pátria", complementou.
O grupo de oito senadores brasileiro foi à Venezuela para pressionar o governo do presidente Nicolás Maduro a libertar presos políticos e marcar eleições parlamentares.
Por meio das redes sociais, os parlamentares relataram ter tido dificuldades para deixar o aeroporto da capital do país vizinho. Os senadores brasileiros foram cercados por manifestantes em Caracas, segundo relato do repórter Rodrigo Carvalho, da GloboNews.
O grupo de oito senadores brasileiro foi à Venezuela para pressionar o governo do presidente Nicolás Maduro a libertar presos políticos e marcar eleições parlamentares.
Por meio das redes sociais, os parlamentares relataram ter tido dificuldades para deixar o aeroporto da capital do país vizinho. Os senadores brasileiros foram cercados por manifestantes em Caracas, segundo relato do repórter Rodrigo Carvalho, da GloboNews.
Viajaram à Venezuela o presidente da Comissão de Relações
Internacionais, Aloysio Nunes (PSDB-SP), além dos senadores Aécio Neves
(PSDB-MG), Cassio Cunha Lima (PSDB-PB), José Agripino (DEM-RN), Ronaldo
Caiado (DEM-GO), Ricardo Ferraço (PMDB-ES), José Medeiros (PPS-MT) e
Sérgio Petecão (PSD-AC), segundo informações da assessoria do PSDB.
De acordo com a assessoria de imprensa do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que é um dos integrantes do grupo, os senadores tentaram ir a uma penitenciária, mas o trânsito estava muito ruim devido às vias que estavam bloqueadas.
De acordo com a assessoria de imprensa do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que é um dos integrantes do grupo, os senadores tentaram ir a uma penitenciária, mas o trânsito estava muito ruim devido às vias que estavam bloqueadas.
Senadores brasileiros foram recebidos por esposas de presos políticos em Caracas (Foto: Twitter/@mariacorinaya)
Diante da dificuldade, a comissão de senadores que viajou ao país nesta
quinta-feira (18) decidiu retornar ao Brasil sem cumprir a agenda
planejada. O retorno ao Brasil será nesta quinta-feira, mas o horário
ainda não foi definido.
'Sitiados'
De acordo com relatos de Aécio Neves (PSDB-MG), Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Aloysio Nunes (PSDB-SP) pelo microblog Twitter e pelo Facebook, o grupo foi "sitiado".
De acordo com relatos de Aécio Neves (PSDB-MG), Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Aloysio Nunes (PSDB-SP) pelo microblog Twitter e pelo Facebook, o grupo foi "sitiado".
O senador Aloysio Nunes informou que a comitiva ficou "tentando sair
das cercanias do aeroporto". "Ficamos por quase meia hora tentando sair
das cercanias do aeroporto, mas fomos impedidos. Ouvimos duas
justificativas esfarrapadas. A primeira foi a de que o impedimento se
deu por causa do transporte de um prisioneiro vindo da Colômbia. A
segunda foi uma acidente. Por essa razão, decidimos voltar ao aeroporto e
esperar que se resolva esse imbróglio", postou.
O Senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) relata no Facebook problemas
enfrentados pela comitiva de parlamentares brasileiros para deixar
aeroporto de Caracas (Foto: Facebook / Aloysio Nunes Ferreira)
Em sua conta no Twitter, Aécio Neves disse que os parlamentares foram
“sitiados em via pública” e que a van em que eles estavam foi atacada
por manifestantes. “Acabo de falar com o presidente do Senado [Renan
Calheiros]. Ele fará um protesto formal sobre as agressões que sofremos e
cobrará uma posição da presidente”, publicou o tucano.
Também por meio de sua conta no Twiter, Caiado disse que o grupo não
conseguiu sair do aeroporto. "Não conseguimos sair do aeroporto.
Sitiaram o nosso ônibus, bateram, tentaram quebrá-lo. Estou tentando
contato com o presidente Renan", postou o senado.
Os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmaram na tarde desta quinta que vão cobrar do governo brasileiro reação ao episódio de hostilidade relatado pelos senadores.
Os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmaram na tarde desta quinta que vão cobrar do governo brasileiro reação ao episódio de hostilidade relatado pelos senadores.
Os senadores brasileiros pretendiam visitar na prisão os opositores
Leopoldo López e Daniel Ceballos e se reunir com Antonio Ledezma, que
está em prisão domiciliar depois de ser operado no final de abril.
López, que está em greve de fome desde o final de maio, foi detido há
19 meses na prisão militar de Ramo Verde, acusado de promover a
violência na capital, enquanto Ceballos está em uma das sedes da polícia
política da capital. Ele foi detido em março de 2014 e enfrenta um
processo por sua suposta vinculação com as manifestações violentas que
ocorreram na cidade de San Cristóbal na época em que era prefeito.
Já Ledezma foi preso há quatro meses e espera julgamento por sua suposta conspiração contra o governo de Maduro.
O governo venezuelano não comentou a visita da delegação brasileira, que ocorreu poucos dias depois que o ex-premiê espanhol Felipe González
para apoiar os opositores presos. A visita de González gerou fortes
críticas de Maduro, que denunciou a existência de um eixo internacional
que busca legitimar uma "guerra" contra a Venezuela.
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/06/capriles-pede-desculpas-delegacao-de-senadores-brasileiros-na-venezuela.html
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