Ao ser libertado, às 11 horas,
depois de 14 meses preso por seu envolvimento no mensalão, o ex-deputado
Roberto Jefferson disse que tem informações sobre o esquema investigado
pela operação Lava Jato, mas não pode dar declarações sobre o assunto,
sob risco de voltar para a prisão. Ele vai cumprir o restante de sua
pena, que foi de 7 anos, em casa.
"Está aqui (entalado), mas
eu não posso falar. Se eu disser, o Barroso me prende", afirmou, rindo,
em referência ao ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal
Federal, que autorizou a saída do ex-deputado.
Ex-deputado Roberto Jefferson deixa o Instituto Penal Francisco Spargoli Rocha, em Niterói Fabio Motta/Estadão
Na saída do prisão, em Niterói, Jefferson disse que não poderia
comentar questões políticas, por conta das restrições impostas pela
decisão judicial - que serão cumpridas com tranquilidade, segundo ele.
Abraçado à mulher, Ana Lúcia Novaes, com quem pretende oficializar o
casamento no fim do mês, brincou que agora quer "namorar muito".
O
ex-deputado contou que vai trabalhar de segunda a sexta-feira num
escritório de advocacia, como auxiliar de escritório, e que pretende
voltar a advogar. "Quero colocar em prática o que sei fazer. A política
já parei, quem fala é a Cris", disse, apontando para a filha, a deputada
Cristiane Brasil (PTB-RJ).
Com semblante sereno e acenando para
jornalistas e curiosos, Jefferson saiu dirigindo seu carro em direção à
residência em que vai morar com a mulher, um apartamento na Barra da
Tijuca, zona nobre do Rio.
http://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/roberto-jefferson-deixa-a-pris%C3%A3o-para-cumprir-resto-da-pena-em-casa/ar-BBjRvGT
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