Fugas ocorreram por meio do mesmo túnel, descoberto por agentes penitenciários na sexta-feira (8); segundo o governo do PA, entre os fugitivos há traficantes, ladrões e homicidas
Em
menos de 24 horas, 44 bandidos fugiram do Presídio Estadual
Metropolitano III (PEM III), em Marituba, Região Metropolitana de Belém
(PA). De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário do
Estado (Susipe), oito deles haviam sido recapturados até o início da
noite deste sábado (9).
Reprodução
O Presídio Estadual Metropolitano III, localizado em Marituba, Região Metropolitana de Belém
O caso chama a atenção pela forma como ocorreu, em
dois capítulos. Na madrugada de sexta-feira (8), 33 bandidos
conseguiram fugir do presídio por meio de um túnel de cerca de 20 metros
de extensão, descoberto horas depois por agentes penitenciários. Para
evitar novas fugas, a direção da cadeia resolveu isolar o pavilhão por
onde os presos saíram e realocá-los em um outro, ao lado.
Mas,
apesar da fuga em massa do dia anterior, outros 11 presos conseguiram
fugir do presídio, impressionantemente, pelo mesmo túnel, na madrugada
deste sábado (9). Segundo a Susipe, eles conseguiram o feito após
serrarem a grade que separava os dois pavilhões, chegando ao ponto de
partida por onde os colegas de cárcere saíram na sexta-feira.
Sem
precisar um número, a Susipe afirmou que agentes penitenciários faziam
vígia próximos ao túnel, mas nada puseram fazer contra os fugitivos por
estarem desarmados. A secretaria não soube explicar como a viatura da
Polícia Militar, que faz rondas em torno do presídio, não estava na
parte externa do complexo para evitar novas fugas.
De acordo
com a Susipe, ainda está sendo feito o levantamento dos fugitivos para
se chegar à exata identificação de cada um deles. A secretaria adianta,
no entanto, que entre os bandidos estão traficantes, assaltantes e
homicidas.
Mais uma vez, o pavilhão em que foi feito o túnel foi
isolado, neste sábado. O diretor da unidade, Carlos Roberto Garcia
Brito, acabou afastado de seu cargo. Até segunda-feira (11), a função
fica sob responsabilidade do Núcleo de Administração Penitenciária do
Pará.
O iG
procurou a Polícia Militar e a Secretária de Segurança Pública
paraenses, mas não obteve posicionamento a respeito até o início da
noite deste sábado.
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