segunda-feira, 6 de abril de 2015

Governo aposta em luz no fim do túnel, mas não sabe quando



A boa notícia é que há luz no final. Mas a má notícia é que ainda não se sabe quando sairemos deste túnel.
Esta foi em síntese a mensagem do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ao núcleo político do governo durante reunião com a presidente Dilma Rousseff, ocorrida hoje no Palácio do Planalto.

Na reunião foi decidido que a presidente deverá receber amanhã os líderes governistas para falar das perspectivas de retomada do crescimento da economia e defender a necessidade de ajuste.

A imagem do túnel foi usada por Levy na reunião de hoje, da qual participaram, além do vice-presidente Michel Temer, os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Gilberto Kassab (Cidades), Edinho Silva (Comunicação Social) e Eliseu Padilha (Aviação Civil).

Joaquim Levy disse que o Brasil passa por um momento realmente difícil — agravado, entre outros fatores, pela queda do preço das commodities. Mas comparou esse momento à travessia de um túnel, com saída no final apontando para a retomada do crescimento.

O ministro, no entanto, não arriscou uma previsão sobre qual o momento de recuperação da economia. Neste ponto, deixou claro que há um fator político, que passa pela aprovação das medidas de ajuste fiscal pelo Congresso.

O tempo levado para convencimento, especialmente da base governista, a fim de se obter a aprovação dessas medidas é que ele considera decisivo para a retomada do crescimento.

E é esse o discurso acertado na reunião pelo núcleo político a ser levado hoje aos líderes governistas. A presidente Dilma deverá pedir o apoio dos líderes, sob o argumento de que, quanto mais tempo levar para aprovar o ajuste, maior será o grau de insegurança do mercado e mais difícil será para sairmos da crise.

Enfim, um discurso plenamente justificado. No entanto, em política nem sempre a lógica prevalece.

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