sábado, 18 de abril de 2015

Dívida faz hospitais romperem contrato com a PM

Segundo o comandante, a dívida chega a R$ 60 milhoes de reais, e é referente a meses de 2013 e 2014
Ana Luiza Campos
ana.campos@jornaldebrasilia.com.br

O convênio médico para Policiais Militares do Distrito Federal foi suspenso em dois dos quatro hospitais particulares credenciados para atender a corporação. Os centros de saúde credenciados romperam o contrato e interromperam o atedimento em função da falta de pagamento por parte do governo. 

Nos hospitais São Francisco e Santa Marta, de Ceilândia e de Taguatinga Sul, o plano está definitivamente cancelado. O Hospital Maria Auxiliadora, do Gama, também solicitou o cancelamento, mas ainda não houve confirmação da suspensão. Já o Hospital Santa Helena, da Asa Norte, está atendendo somente casos de urgência.

O comandante da PM, Florisvaldo César, explica que, há alguns anos, a corporação tinha um serviço precário de saúde, o que fazia com que os policias fossem em busca de planos particulares. Por isso, a administração acreditou que melhorar o centro médico da corporação seria uma solução.

Enquanto o centro de saúde não atendia a demanda, foram feitos credenciamentos com alguns hospitais particulares para que os PMs fossem atendidos. A princípio, seriam só consultas emergenciais, mas o atendimento acabou se estendendo para ambulatórios, exames e até procedimentos cirúrgicos. "Isto acabou sendo a causa do estouro de orçamento em 2013 e causou a dívida que se arrastou até hoje", disse o comandante da PM.

Crise 
Segundo o comandante, a dívida chega a R$ 60 milhões de reais e é referente aos meses de 2013 e 2014. "Quando assumimos este ano, a dívida do governo anterior já perdurava", revela. César ressalta que os pagamentos de 2015 estão em dia, mas que o orçamento atual não tem condições de quitar o débito dos meses anteriores.

Negociando a dívida 
De acordo com César, "a PM está buscando fortalecimento do seu centro médico para, assim, poder reduzir o atendimento privado". Ele afirma que os policiais não ficarão sem assistência e que na unidade de saúde da corporação já estão acontecendo cerca de nove mil atendimentos por mês. Além disso, a carga horária dos médicos foi estendida.

O comandante esclarece que, ao diminuir o gastos, o orçamento ficará menos apertado e poderá sair do vermelho. Mesmo assim, a dívida já está sendo negociada com as unidades de saúde.

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