terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Por cobrança indevida, empresas de telefonia lideram queixas ao Procon

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Empresas de telefonia lideraram o ranking de reclamações no Procon-SP, em 2014, no Estado, e o principal problema apontado é a cobrança indevida. Em Santos, a situação é semelhante. As demandas de empresas de telefonia representaram 10,5% dos 15 mil atendimentos do Centro de Informação, Defesa e Orientação ao Consumidor (Cidoc)/Procon de Santos no ano passado, e elas estão entre os principais alvos de queixas formais.

No ranking das 10 empresas que recebem mais queixas, o Grupo Vivo Telefônica aparece em primeiro lugar, com 664 atendimentos e um índice de solução de 73,32%. Em segundo lugar, o Grupo Claro/NET/Embratel, com 505 registros e solução de 73,62%. A Tim aparece com 124 atendimentos e 66,67% de solução. Em último lugar está a Oi, com 114 reclamações e solução de 45,92%.

O coordenador do Cidoc em Santos, Rafael Quaresma, alerta sobre o trâmite que deve ser adotado pelo consumidor. “A gente sempre orienta para que a primeira providência seja dar ciência do equívoco para o fornecedor. Se resolver aí, excelente. Caso contrário, o consumidor deve procurar o órgão de defesa”. Outra medida é registrar queixa na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que regulamenta o setor. Deve-se ligar para 1331, indicando o número de protocolo da operadora.

O artista plástico Carlos Eduardo Silva faz parte das estatísticas. Ele, que normalmente pagava R$ 70,00 por mês de conta de telefone, foi surpreendido com uma fatura de R$ 1 mil, com várias ligações para números que desconhecia. “Tentei ligar na empresa, mas fui tratado como um idiota, como se não soubesse para quem ligo”, indigna-se. A solução veio com o registro do problema no órgão de defesa do consumidor.

O mesmo caminho foi tomado pela jornalista Camilla Costa. No início de dezembro, ela recebeu um torpedo (mensagem) avisando que uma mudança de plano solicitada tinha sido feita. O problema foi que ela não havia solicitado qualquer alteração. Depois de algumas ligações para resolver a situação com a empresa, Camilla acreditou que o problema estaria solucionado, mas, ao receber a fatura, em janeiro, não acreditou no que viu.

“A conta era de quase R$ 500,00. Havia cobranças de serviços que eu nunca solicitei, além de uma multa de R$ 248,00 referente ao plano cancelado, que eu não havia solicitado”, lembra. Mais uma vez, ela tentou contato com a operadora, que não lhe deu nenhum retorno. “Precisei entrar no Procon para que eles reconhecessem o erro. Sou cliente há anos e me senti lesada, sendo feita de boba”.
 
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