A partir de segunda-feira (19), será mais caro financiar a casa própria pela Caixa Econômica Federal. Os valores das taxas ficarão entre 8,5% e 11%. Só serão corrigidas as taxas das operações com recursos da poupança. Os financiamentos contratados com recursos do Programa Minha Casa, Minha Vida e do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) não sofrerão qualquer correção nas taxas de juros.

A menor taxa de reajuste está no Sistema Financeiro Habitacional (SFH). Para servidores com relacionamento e salário na Caixa, os juros subiram de 8% para 8,5%. Vale lembrar que esse sistema regula a maioria dos financiamentos imobiliários no Brasil, como os que são tomados com recursos da poupança e do FGTS. Já a maior taxa fica no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), que regula todas as transações que não se enquadram no SFH.

No SFI, a taxa balcão (para clientes sem relacionamento com o banco) subiu de 9,2% para 11%.

Simulação

Na compra de um imóvel de R$ 400 mil, por exemplo, que seria pago em 360 mensalidades, a diferença entre as parcelas chega a R$ 171,14.

Pelo SHF anterior, quando a taxa de juros ao ano seria de 8,50%, o valor da mensalidade seria de R$ 3.047,35, com um total pago de R$ 1.097.046,23.
Agora, com taxa de juros ao ano em 9%, a coisa muda bastante de figura.

De cara, o pagamento total ficará em R$ 1.158.656,57, com o valor da prestação em R$ 3.218,49. A diferença total no valor pago pelo imóvel é de, portanto, R$ 61.610,34. Segundo o especialista em Mercado Imobiliário João da Rocha Lima Júnior, esses aumentos indicam justamente que é preciso colocar o pé no freio. “Não tem muito o que fazer. Tome cuidado e guarde dinheiro. Pegue o menos possível com o banco”.
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