segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Brasil não vive crise de corrupção, afirma Dilma em entrevista a jornal do exterior

A presidente Dilma Rousseff afirmou em entrevista ao jornal chileno El Mercurio que o Brasil não vive uma crise de corrupção. A declaração foi feita quando Dilma respondia a uma pergunta sobre os eventuais efeitos políticos das denúncias de corrupção na Petrobras, investigadas pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. Segundo ela, “não há intocáveis” no País.

“Minha indignação com as denúncias que envolvem a Petrobras é a mesma que sentem os brasileiros. E quero, como todos eles, que os culpados sejam punidos”, afirmou Dilma ao jornal. “O Brasil não vive uma crise de corrupção, como afirmam alguns. Nos últimos anos começamos a pôr fim a um largo período de impunidade. É um grande avanço para a democracia brasileira”, disse.

“No Brasil não há intocáveis. Qualquer um que não trate o dinheiro público com seriedade e honestidade deve pagar por isso. É um compromisso do meu governo”, salientou a presidente.

Questionada sobre como é liderar uma campanha “séria” anticorrupção se o próprio partido é protagonista do escândalo da Petrobras, Dilma afirmou que é sob seu governo que a Polícia Federal trabalha para desmantelar um esquema que opera antes das gestões do PT na Presidência.

“Essas investigações têm levado ao desmantelamento de um esquema que é suspeito de ter décadas de existência, antes dos governos do PT”, disse a presidente ao voltar a destacar que sua gestão tem liderado o processo contra a impunidade no País.

“Eu mesma despedi, três anos antes das investigações, o diretor que confessou para a Justiça a existência de um esquema de desvio de dinheiro na Petrobras”.

Dilma foi questionada sobre o anúncio da reaproximação de EUA e Cuba depois de 53 anos e afirmou que a aproximação terá impacto “forte e positivo” em toda a América Latina. “É uma expressão de que isso já poderá se constatar na Cúpula das Américas, em abril, no Panamá. O encontro e o aperto de mãos de Castro e Obama será o símbolo de que algo novo está ocorrendo no nosso continente”, disse

Estadão Conteúdo

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