quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Implante contra a gravidez indesejada estará disponível em Santos a partir de 2015

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Outras cidades da região pretendem adotar a iniciativa
Até o começo de 2015, as mulheres de alta vulnerabilidade social em Santos devem contar com uma novidade contra gestações indesejadas. Isso porque a Prefeitura espera finalizar, nesse período, a compra de um lote de 150 unidades do Implanon, implantes subcutâneos capazes de reduzir, em mais de 99%, as chances de gravidez.

Enquadram-se nesse perfil as moradoras de rua, usuárias de drogas, portadoras de HIV e mulheres com transtornos mentais graves. A adesão ao método contraceptivo, no entanto, será voluntária. Por enquanto, ginecologistas, pediatras, enfermeiros e psicólogos da rede municipal de Saúde vêm recebendo capacitação e orientação para o uso do material.

O Implanon é implantado nas primeiras camadas da pele da parte interna do braço. Ele tem o formato de uma pequena cápsula de 4 cm de comprimento e 2 mm de diâmetro, em forma de haste, que contém o hormônio etonogestrel. Os hormônios liberados inibem a ovulação durante três anos, tendo eficácia desde os primeiros dias de uso. O contraceptivo é introduzido por meio de um aplicador descartável, após uma anestesia no local.

Segundo Regina Lacerda, coordenadora de DST/Aids/Hepatites da Prefeitura de Santos, o método tem tudo para reduzir a transmissão vertical do HIV (de mãe para filho), a mortalidade infantil e o número de gravidezes indesejadas na Cidade, além de aumentar a qualidade de vida das mulheres. Por isso, não descarta que em breve seja comprado um novo lote do contraceptivo.

“Essa quantidade de 150 unidades foi definida em cima de dados que temos das nossas pacientes. Em 2013, por exemplo, fizemos um levantamento que mostrou mais de 200 mulheres moradoras de rua e usuárias de drogas. Mas sabemos que nem todas vão querer aderir à proposta, ainda mais no começo”, justifica.

O preço unitário do anticoncepcional é avaliado entre R$ 600 e R$ 800, variando conforme a quantidade solicitada. Sendo assim, a expectativa do Município é de gastar, inicialmente, R$ 90 mil, divididos entre recursos próprios e verba do Ministério da Saúde para o combate da Aids e Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). Apesar dos valores, a Prefeitura considera que o custo/ benefício do método viabiliza o investimento.

Mais adesões

Em breve, outras duas prefeituras podem adotar o implante de contraceptivo em suas redes de Saúde. Cubatão, por exemplo, diz que fará em breve um estudo para verificar o custo benefício deste tipo de anticoncepcional. O mesmo vale para Guarujá, que pode utilizar o método no tratamento junto a pacientes do Consultório de Rua e da Saúde Mental.

http://www.atribuna.com.br/cidades/implante-contra-a-gravidez-indesejada-estar%C3%A1-dispon%C3%ADvel-em-santos-a-partir-de-2015-1.404619

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