Vítimas são capturadas pelo grupo e mantidas à disposição dos membros da milícia extremista
Mulheres do grupo acreditam que os militantes podem abusar de vítimas não são muçulmanas
Mulheres britânicas estão deixando o Reino Unido para se unir aos
radicais do EI (Estado Islâmico) para colaborar com os combatentes na
criação de casas de prostituição onde milhares de iraquianas estão sendo
tratadas como escravas sexuais.
Uma fonte contou ao jornal britânico The Mirror que “essas mulheres
estão usando uma interpretação bárbara da fé islâmica para justificar
suas ações”.
— Elas acreditam que os militantes podem usar as mulheres da forma que
quiserem, porque elas não são muçulmanas. É bizarro e perverso.
As milícias femininas atuam na cidade de Raqqa, no centro-norte da
Síria, punindo mulheres não-muçulmanas ou que se comportem de forma que
desrespeite a interpretação radical que o EI tem da sharia, a lei
islâmica.
Uma adolescente de 17 anos que está sendo mantida cativa pelo EI contou
ao jornal italiano La Reppublica que estava sendo obrigada a servir de
escrava sexual para os radicais junto a outras 40 mulheres, entre elas,
uma menina de 12 anos.
“Eu imploro para que meu nome não seja publicado porque eu estou muito
envergonhada pelo que eles estão fazendo comigo”, disse a jovem.
— Tem uma parte de mim que só quer morrer. Mas outra parte ainda tem esperança de que eu serei salva.
O contato entre a jovem e o jornal foi feito por meio de um aparelho
celular, cujo número foi dado pelos pais dela, que estão em um campo de
refugiados.
Os membros do EI têm realizado ataques na Síria e no Iraque e feito
milhares de prisioneiros. Os homens são executados e as mulheres e
crianças acabam se transformando em escravas do grupo para tarefas
domésticas e sexuais.
As Nações Unidas divulgaram uma nota condenando as ações do EI contra
as mulheres. O documento apontava que há evidências de que “estupros
selvagens” estão sendo usados como arma de guerra contra mulheres e
adolescentes, meninos e meninas, contra as minorias yazidi, cristã e turcomana, entre outras.
A especialista em Oriente Médio, Haleh Esfandiari, disse que o EI
permite que seus membros abusem das vítimas capturadas como forma de
recompença.
Haleh escreveu para o Wall Street Journal que o EI “tem recebido uma
considerável atenção do mundo pelas decapitações selvagens, execuções de
soldados (...), mas as barbaridades contras as mulheres têm sido
tratadas como um problema menor”.
— Para os homens do Isis [como também é conhecido o EI], as mulheres
são uma raça inferior, para ser aproveitada sexualmente e descartada, ou
para ser vendida como escravas.
http://noticias.r7.com/internacional/britanicas-do-estado-islamico-estao-mantendo-mulheres-como-escravas-sexuais-para-satisfazer-os-combatentes-15092014
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