segunda-feira, 7 de julho de 2014

Turistas estrangeiros contam o que mais gostaram de conhecer em Brasília

Visitantes estrangeiros aproveitam o Mundial para conhecer a cidade e não economizam elogios à capital. A arquitetura, o urbanismo e a receptividade dos moradores são considerados os pontos altos da visita
Os australianos Douglas e Ingjudith selecionaram Foz do Iguaçu, Rio de Janeiro e a capital federal para visitar: atraídos pela arquitetura de Oscar Niemeyer (Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Os australianos Douglas e Ingjudith selecionaram Foz do Iguaçu, Rio de Janeiro e a capital federal para visitar: atraídos pela arquitetura de Oscar Niemeyer

A cidade está movimentada. Em cada ponto de Brasília, é possível encontrar estrangeiros com máquinas fotográficas, mapas e guias turísticos a postos para descobrir as particularidades da capital federal. Turistas do mundo inteiro aproveitam a Copa do Mundo para guardar lembranças da cidade. De acordo com um levantamento prévio da Secretaria de Turismo do DF (veja quadro), entre os dias 12 e 30 de junho, por exemplo, cerca de 6 mil pessoas passaram por dia pela Torre de TV, e outras 2 mil pela Catedral.

Entre as 12 cidades-sede do Mundial, os amigos alemães Christoph Pelzer, 46 anos, e Carsten Raaymann, 44, escolheram Brasília como destino e não se arrependem, mesmo sabendo que na lista de possibilidades estavam o Rio de Janeiro e as praias do Nordeste. “O Brasil é um país muito grande, e é difícil conhecer tudo. Então, quando abriu a venda dos ingressos para os jogos, escolhi Brasília e planejei a viagem. Sempre quis conhecer a capital”, explica Carsten. Eles preferiram concentrar os dias de visita em uma única cidade para entender as particularidade e os aspectos mais interessantes. “Não queríamos vir apenas pelo jogo. Aproveitamos a viagem para compreender a arquitetura moderna de Brasília. Era a combinação perfeita de futebol com turismo”, completa Christoph.

Após uma visita a locais como o Museu da República, os dois descrevem a capital como um lugar especial. “O que mais me chama a atenção é saber como a cidade era há 54 anos e como ela funciona hoje em dia”, comenta Christoph, depois de ler os painéis com informações sobre a história de Brasília. O casal de australianos Douglas Castledine, 65, e Ingjudith Castledine, 64, também reservou na agenda alguns dias para visitar a capital. Eles chegaram para assistir ao jogo entre Argentina e Bélgica e ansiosos para ver de perto os traços arquitetônicos de Niemeyer.

Na manhã de ontem, contrataram uma guia turística para desvendar cada linha do artista e dos projetos de Lucio Costa. Douglas comenta que Brasília se assemelha à sua cidade natal na Austrália, Camberra. “Ela também foi planejada e tem muito espaço aberto. Aqui, me sinto em casa.” Para ele, andar pelas ruas de Brasília é exatamente como havia imaginado. “A falta de chuva era a única coisa que não esperava”, comenta aos risos. Ao final dos cinco dias de visita à capital, eles vão ao Rio de Janeiro para ver a final e, depois, pretendem conhecer Foz do Iguaçu (PR).
Nityanand, Harshit e Bihaag acharam curioso o formato de avião da cidade (Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Nityanand, Harshit e Bihaag acharam curioso o formato de avião da cidade

Diversão
Os amigos Bihaag Brahmbhatt, 27 anos, Harshit Brahmbhatt, 24, e Nityanand Harwany, 24, vieram da Índia interessados na noite da capital. Antes de perguntar sobre pontos turísticos, queriam saber onde encontrariam opções para se divertir. Como já conheciam o Brasil, sabiam que a festa estava garantida.

O trio, contudo, se encantou com a receptividade das pessoas e com a beleza arquitetônica de Brasília. “Os traços de Niemeyer parecem legais, e a arquitetura daqui prende o olhar”, descreve Bihaag. Antes da vinda, uma pequena busca na internet deixou os amigos curiosos para conhecer locais como a Ponte JK e o Palácio da Alvorada. Além disso, o fato de o Plano Piloto ter sido construído em um formato de avião chamou a atenção dos amigos.

Além do jogo do último sábado, entre Argentina e Bélgica, os amigos têm assento garantido na final, no Rio de Janeiro. A expectativa é de uma emoção ainda maior que a sentida no Mané Garrincha. “Foi uma experiência incrível que vou guardar na memória”, garante Nityanand.
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