O
Jornal “Folha de São Paulo” de domingo traz uma matéria interessante:
“Governo vai tentar barrar na Justiça greve de PM´s na Copa”. Segundo o
periódico “com receio de que greves na área de segurança criem problemas
internos durante a Copa e arranhem a imagem no exterior, o governo
decidiu atacar os movimentos com ações na Justiça Federal e medidas que
atingem o bolso dos grevistas.”
A tática do governo esta focada em
várias frentes, sendo duas as principais. A primeira delas é que o
governo vai entrar com ações judiciais contra as paralisações, medidas
que hoje cabe aos Estados, e quer cobrar dos líderes das greves os
custos eventuais da Força Nacional para garantir a ordem pública.
Pouca
gente sabe que a segurança é a única área na qual a União pode ser
obrigada a indenizar a FIFA por danos causados por eventuais distúrbios.
A norma, que não cita valores, é prevista na Lei Geral da Copa, acordo
internacional aprovado pelo Brasil para a realização do Mundial. Talvez
isso justifique a prisão arbitrária de um dos líderes da greve da
polícia da Bahia.
Segundo o Jornal Folha de São Paulo,
“como a União tem que indenizar a Fifa em caso de prejuízo por
distúrbios, logo tem interesse de avocar para si o poder de atuar contra
a greve nos Estados”. Além disso, a União decidiu “que irá intervir e
não vai deixar só com os municípios e Estados a competência para acionar
a Justiça em caso de ameaça de paralisação.”
Recentemente,
uma onda de greves de policiais militares afetou Estados como a Bahia e
Pernambuco, e a violência explodiu no período com cenas de saques e
depredações. Há indicativos de que novas paralisações de policiais
militares, civis e até da Polícia Federal ocorram no período da Copa.
Um fato que agravou a preocupação dos
governantes foi que jornalistas estrangeiros demonstraram preocupação
com as greves na área de segurança pública em entrevista de ministros do
governo envolvidos com a questão. Particularmente, acredito que não
estejam errados. Ainda mais sabendo os prejuízos que o governo federal
pode ter com possíveis problemas na área de segurança. Seria uma boa
hora de pressioná-lo.
Representantes
do governo querem que “líderes grevistas e as próprias associações que
organizarem eventuais greves devolvam aos cofres públicos todo o
dinheiro gasto pelo governo federal caso uma paralisação leve ao emprego
da Força Nacional de Segurança para compensar a ausência de
policiamento nos Estados.” As despesas como deslocamento, alimentação,
diárias, equipamentos utilizados deverão ser ressarcidas por parte dos
responsáveis pelo movimento. Segundo o ministro da justiça não irão
tolerar “baderna”. Por isso decidiram mexer no bolso do movimento
grevista. Vamos ver quem ganhará a quebra de braço. Se a lideranças
grevistas ou o governo autoritário que se instalou no Brasil.
Por: Aderivaldo Cardoso
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