terça-feira, 27 de maio de 2014

Atrasos marcam preparativos de Guarujá para a Copa

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Tinha tudo para ser um sonho: o principal estádio de futebol do Guarujá, Antônio Fernandes, ganharia a primeira reforma desde 1984 e se tornaria uma arena de ponta, no melhor padrão Fifa. O motivo foi a escolha da seleção da Bósnia-Herzegovina em se hospedar na cidade durante a Copa do Mundo de 2014, no Brasil, o que possibilitou os recursos necessários para as obras. Terminado o mundial, o local ficaria de presente para o município, podendo ser utilizado para abrigar os jogos da Associação Desportiva do Guarujá (ADG) e outros eventos esportivos.
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O prazo de entrega dado primeiramente era de que em março deste ano tudo estaria pronto
O campo realmente não "sumirá" após o término da Copa. A reforma deveria estar pronta no final de março. No entanto, o estádio não estará pronto para os treinamentos da seleção europeia.
 
De acordo com o andamento das obras no estádio, há o risco dos recursos monetários recebidos (R$ 12 milhões do Governo Estadual e R$ 4,5 milhões do Federal) se esgotarem e o plano de reforma não ser totalmente concluído. É incerto qual será o futuro da estrutura depois da Copa do Mundo.
 
Equipamentos atrasados

No final de abril, foi publicado um edital que informava o recebimento de R$ 4,5 milhões do Governo Federal para compra de equipamentos para o estádio. O orçamento incluía 3.900 cadeiras. O edital em si foi publicado com atraso, visto que ainda seria preciso fazer pesquisas sobre marcas, preços e outros trâmites burocráticos. O resultado é que os equipamentos não chegarão em Guarujá antes do início do Mundial. 
 
No entanto, a Prefeitura do Guarujá afirma que está tudo planejado. "Todos os equipamentos, incluindo as cadeiras, serão entregues no prazo. Estamos correndo atrás de todos os recursos possíveis para que não haja atrasos", declarou o secretário de Esportes, Elson Maceió dos Santos
 
Fazenda e barracos

Um dos momentos mais "marcantes" da passagem da comissão técnica da Bósnia pelo estádio foi a presença de uma cabra no gramado no momento de inspeção. O técnico da equipe, Safet Susic, ficou um tanto quanto surpreso com o animal que se alimentava nas imediações do estádio. Mal sabia ele que nas redondezas do Estádio Antônio Fernandes existem também patos, galos e outros bichos que normalmente seriam encontrados em uma fazenda. Os animais são criados por moradores de pelo menos dez barracos que cercam o local. 
 
Quando perguntado sobre esses moradores, o vice-prefeito Duíno Fernandes declarou em entrevista à TV Tribuna que alguns barracos já até haviam sido remanejados para que fosse feito o estacionamento do estádio. Entretanto, a outra parte dessas residências entrará em um programa habitacional por conta das obras. Ou seja: esses moradores serão retirados de seus lares. 
 
Como as obras no local não ficarão prontas até a chegada da seleção bósnia, em 5 de junho, é maior ainda a incerteza do que será feito de fato com essas famílias, que já declararam na imprensa local que também não sabem sobre o próprio futuro.
 
Os jogadores e comissão técnica ficarão hospedados no bairro da Enseada, no Casa Grande Hotel - um dos hotéis cinco estrelas da Baixada Santista. Quartos e ambientes de luxo esperam a equipe balcã. 
 
As redondezas não parecem estar no clima que faça os bósnios se sentirem em casa. Consultado pela reportagem, o Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de Santos, Baixada Santista, Litoral Sul e Vale do Ribeira (SINTHORESS) não soube responder se haviam estabelecimentos do Guarujá que adotaram estratégias especiais por conta da estadia da equipe, como decoração semelhante a do país e comidas típicas da região. 
 
Outro problema é a falta de segurança. O índice de assaltos na região da orla da Enseada (onde fica o Casa Grande Hotel) é enorme, segundo moradores e frequentadores da região.

 De A Tribuna On-line

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