segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Câmara do DF quer cercar prédio com grades para conter protestos

 

Edital prevê 350 metros de cerca; custo estimado é de R$ 312,2 mil.
Secretário-geral da Casa diz que grades só serão usadas 'se necessário'.

Isabella Formiga Do G1 DF
 

Câmara Legislativa do Distrito Federal (Foto: Isabella Formiga/G1 DF)Câmara Legislativa do Distrito Federal (Foto: Isabella Formiga/G1 DF)
 
Preocupada com possíveis manifestações ao longo do ano, a Câmara Legislaiva do Distrito Federal abriu na semana passada uma licitação para instalar grades de contenção ao redor da Casa ao custo estimado de R$ 312,2 mil.

O prédio da Câmara tem uma peculiaridade, que tem a lateral toda revestida de vidro, o que gera a preocupação muito grande quando tem manifestações, por ser muito frágil"
George Burns, secretário-geral da Câmara
 
De acordo com o edital, as grades serão usadas em eventuais manifestações, "a fim de evitar confronto direto entre polícia e manifestantes, posicionando-os do lado de fora das instalações desta Casa". A cerca também terá como função preservar a segurança dos servidores da CLDF e evitar a depredação do patrimônio público.

O edital determina que a empresa vencedora fique responsável pela locação, montagem e desmontagem de 350 metros de cerca e 45 metros de placas de fechamento, pelo período de 200 dias. As empresas interessadas em participar da licitação devem apresentar propostas às 10h do dia 10 de fevereiro.

O secretário-geral da Câmara, George Burns, disse que as grades terão como função proteger eventuais depredações. "O prédio da Câmara tem uma peculiaridade, que tem a lateral toda revestida de vidro, o que gera a preocupação muito grande quando tem manifestações, por ser muito frágil."
Trecho de edital para contratação de serviço de cercamento da CLDF (Foto: CLDF/Reprodução)Trecho de edital para contratação de serviço de cercamento da CLDF (Foto: CLDF/Reprodução)
 
Segundo ele, a preocupação com a preservação do prédio vem desde o ano passado. "Esse processo de locação da gradil começou a ser feito no ano passado, após as manifestações na época da Copa das Confederações", disse.
 
"Esse pregão é para fazer a ata de registro de preço, funciona como se fosse um estoque virtual. É para efeito só da realização da ata de registro de preço. Na prática, se a gente usar um mês, talvez na Copa do Mundo, vai ser muito. Esse valor é o valor máximo, que a gente não vai chegar a ele nunca."
Procurado, o presidente da Câmara Legislativa, Wasny de Roure (PT), não quis se pronunciar sobre o assunto.

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