Dois jornalistas franceses foram encontrados mortos horas após terem sido sequestrados em Kidal, norte do Mali.
Nota no site da rádio RFI, onde trabalhavam Ghislaine Dupont e Claude
Verlon, afirma que os dois foram sequestrados por quatro homens após
entrevistarem Ambeiry Ag Rhissa, líder do grupo separatista tuareg MNLA
(Movimento Nacional de Libertação do Azawad).
AFP |
Os jornalistas Ghislaine Dupont e Claude Verlon. |
"Quando eles saíram, ouvi um barulho estranho do lado de fora.
Imediatamente fui checar e quando abri a porta, um homem de turbante
apontou uma arma para mim e me disse para voltar", disse Rhissa à
"Reuters" pelo telefone.
Segundo o comunicado do Ministério de Relações Exteriores da França que
confirmou a morte dos jornalistas, os corpos foram encontrados baleados a
12 km da cidade.
Após um breve golpe de Estado em março do ano passado, o Mali entrou em grave crise política e social.
Algumas semanas depois do golpe militar, rebeldes tuaregs aproveitaram
para proclamar a independência do norte do país, mas foram derrotados
por milícias de extremistas islâmicos ligadas à Al Qaeda, que tomaram o
controle das principais cidades da região.
Uma intervenção militar liderada pela França combateu as milícias, mas ainda há redutos insurgentes.
Mesmo após a eleição realizada em agosto, os franceses mantém presença
militar na área, ao lado de tropas do governo malinês e das missões de
paz da ONU.
O sequestro de estrangeiros, especialmente de cidadãos franceses, tem
sido utilizado por grupos ligados à Al Qaeda que atuam no norte da
África para bancar suas operações.
Quatro dias antes do sequestro dos jornalistas, foram libertados quatro
franceses sequestrados no Niger e mantidos reféns desde setembro de 2010
no Mali.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2013/11/1366154-jornalistas-franceses-sao-sequestrados-e-mortos-no-mali.shtml
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