Grupo francês apresentou tecnologia Hybrid Air, que economiza até 45% de combustível, no Brasil
O princípio de funcionamento de uma seringa é o ponto de partida para o
entendimento da tecnologia Hybrid Air, que deverá equipar modelos da
PSA Peugeot Citroën em alguns anos. O sistema, anunciado pela primeira
vez neste ano na Europa, atua com um motor a gasolina, um cilindro de
aço que acumula energia na forma de nitrogênio comprimido, uma bomba
hidráulica e uma transmissão automática. Responsável por uma economia de
até 45% no consumo em comparação a um veículo comum, chega à marca de
34 km/l.
Inicialmente, a ideia é colocar este tipo de motorização nas ruas a
partir de modelos urbanos, como os compactos Citroën C3 e Peugeot 208, e
médios. De acordo com a PSA, no entanto, não chegará ao mercado europeu
antes de 2016. Apesar disso, a possibilidade de desembarcar em outros
países em desenvolvimento, como o Brasil, não está descartada. "É uma
tecnologia que mudará todo o mercado", disse Karim Mokaddem, chefe de
projeto do fabricante, na manhã de hoje (18), durante a apresentação do
Hybrid Air a jornalistas brasileiros.
O desenvolvimento do Hybrid Air começou em outubro de 2009, com uma
equipe de 180 pessoas. Além da iniciativa pioneira em usar um dos
elementos mais básicos do planeta, é uma corrida para ganhar volume no
mercado de veículos híbridos, que deverá representar cerca de 15% do
mercado europeu, dominado por marcas aistáticas, até 2020.
Criado em parceria com a Bosch, o Hybrid Air permite a utilização do
veículo em três modos, semelhante a um híbrido elétrico, mas sem o uso
de baterias. O primeiro é totalmente baseado na motorização a gasolina, o
segundo no modo ar (por meio da compressão e dilatação de nitrogênio no
cilindro, que empurra um volume de óleo para alimentar um motor
hidráulico) e, por último, uma combinação dos dois, indicado para atuar
em acelerações e subidas. Segundo a PSA, o veículo pode chegar a usar
somente o modo ar em 80% do tempo quando estiver no trânsito urbano,
caso esteja a menos de 70 km/h.
Mokaddem explica que um carro equipado com este tipo de motor pode ser
metade do preço de um híbrido elétrico, chegando ao patamar de 20 mil
euros. Além de dispensar o uso de baterias, utiliza componentes mais
simples e mais baratos, apesar de toda adaptação pela qual o carro
deverá passar, como por exemplo, o câmbio que, na prática, trabalharia
como um automático convencional, mas que é diferente do que existe no
mercado atualmente.
http://msn.icarros.com.br/noticias/mercado/ar-movera-carros-da-peugeot-citroen-em-alguns-anos/15283.html
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