Milhares de comunicações foram espionadas ao longo de três anos.
Justiça pediu que NSA descobrisse meios de limitar coletas de dados.
A NSA, agência de segurança nacional dos EUA, espionou mais de 150 mil
e-mails e outras comunicações, ao longo de três anos, de americanos sem
conexão com o terrorismo, segundo três decisões judiciais secretas
reveladas nesta quarta-feira (21).
Os documentos foram revelados pelo diretor da agência, James Clapper, como parte de um esforço das autoridades para explicar como a NSA detectou e corrigiu problemas técnicos que levaram à coleta inadvertida dos e-mails sem mandado judicial..
O material divulgado na quarta-feira inclui uma decisão da Corte de Vigilância da Inteligência Internacional, um tribunal secreto, em que o próprio tribunal, numa obscura nota de rodapé, cita dados da NSA segundo os quais a agência pode ter recolhido até 56 mil comunicações por email por ano entre 2008 e 2011.
Autoridades dizem que o objetivo da coleta dos e-mails de norte-americanos era localizar comunicações feitas por suspeitos de terrorismo.
A NSA relatou os problemas sobre a coleta dos dados ao tribunal e logo depois ao Congresso.
O tribunal, então, pediu que a NSA descobrisse meios de limitar as coletas de dados e o tempo pelo qual eles eram mantidos.
A NSA está no centro das atenções desde que seu ex-prestador de serviços Edward Snowden vazou documentos confidenciais que mostravam o alcance da vigilância americana a telecomunicações no país e ao redor do mundo.
O caso criou uma crise para o governo do presidente Barack Obama e gerou um debate internacional sobre a privacidade na Internet.
Três funcionários graduados da inteligência dos EUA disseram que a NSA percebeu o erro quando estava coletando comunicações da Internet, por meio de cabos de fibra óptica, com a cooperação de provedores de telecomunicações como a AT&T. Frequentemente, a agência coletava informações de americanos que não tinham nenhuma relação com os alvos das investigações.
As autoridades falaram aos jornalistas sob anonimato, pois não têm autorização de falar publicamente sob o programa.
Um funcionário disse que a vigilância indevida foi "resultado de um problema tecnológico, mais do que um excesso da NSA".
Embora a NSA tenha permissão para guardar os metadados -endereços, números de telefone e duração, mas não conteúdo, das comunicações- dos americanos por até 5 anos, o tribunal decidiu que, ao reunir grandes pacotes de informação, eles incluíam e-mails entre cidadãos americanos, o que viola a proibição constitucional contra busca e captura de informação sem autorização judicial.
Na decisão do Tribunal de Acompanhamento de Inteligência Estrangeira denunciando a prática, o juiz afirmou que a NSA havia advertido a corte de que "o volume e a natureza da informação que estava coletando era fundamentalmente diferente da que o tribunal poderia ser levado a acreditar".
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/08/eua-espionaram-cidadaos-sem-elo-com-terrorismo-dizem-documentos.html
Os documentos foram revelados pelo diretor da agência, James Clapper, como parte de um esforço das autoridades para explicar como a NSA detectou e corrigiu problemas técnicos que levaram à coleta inadvertida dos e-mails sem mandado judicial..
O material divulgado na quarta-feira inclui uma decisão da Corte de Vigilância da Inteligência Internacional, um tribunal secreto, em que o próprio tribunal, numa obscura nota de rodapé, cita dados da NSA segundo os quais a agência pode ter recolhido até 56 mil comunicações por email por ano entre 2008 e 2011.
Autoridades dizem que o objetivo da coleta dos e-mails de norte-americanos era localizar comunicações feitas por suspeitos de terrorismo.
O tribunal, então, pediu que a NSA descobrisse meios de limitar as coletas de dados e o tempo pelo qual eles eram mantidos.
A NSA está no centro das atenções desde que seu ex-prestador de serviços Edward Snowden vazou documentos confidenciais que mostravam o alcance da vigilância americana a telecomunicações no país e ao redor do mundo.
O caso criou uma crise para o governo do presidente Barack Obama e gerou um debate internacional sobre a privacidade na Internet.
Três funcionários graduados da inteligência dos EUA disseram que a NSA percebeu o erro quando estava coletando comunicações da Internet, por meio de cabos de fibra óptica, com a cooperação de provedores de telecomunicações como a AT&T. Frequentemente, a agência coletava informações de americanos que não tinham nenhuma relação com os alvos das investigações.
As autoridades falaram aos jornalistas sob anonimato, pois não têm autorização de falar publicamente sob o programa.
Um funcionário disse que a vigilância indevida foi "resultado de um problema tecnológico, mais do que um excesso da NSA".
Embora a NSA tenha permissão para guardar os metadados -endereços, números de telefone e duração, mas não conteúdo, das comunicações- dos americanos por até 5 anos, o tribunal decidiu que, ao reunir grandes pacotes de informação, eles incluíam e-mails entre cidadãos americanos, o que viola a proibição constitucional contra busca e captura de informação sem autorização judicial.
Na decisão do Tribunal de Acompanhamento de Inteligência Estrangeira denunciando a prática, o juiz afirmou que a NSA havia advertido a corte de que "o volume e a natureza da informação que estava coletando era fundamentalmente diferente da que o tribunal poderia ser levado a acreditar".
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/08/eua-espionaram-cidadaos-sem-elo-com-terrorismo-dizem-documentos.html
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