Quarto dia de protesto terminou com 200 pessoas detidas.
Prefeito de SP afirmou que aumento abaixo da inflação exige investimento.
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, voltou a criticar na manhã desta sexta-feira (14) a violência dos protestos contra o aumento de tarifas no transporte público e reiterou que não pretende voltar atrás no reajuste. “A Prefeitura não pode se submeter ao jogo de tudo ou nada. Ou é do jeito que eles querem ou não tem conversa”, afirmou em entrevista ao Bom Dia São Paulo.
No quarto dia de protestos, mais de 200 pessoas foram presas.
Manifestantes ficaram feridos. Um forte sistema policial impediu que o
protesto chegasse à Avenida Paulista. O prefeito lembrou que na
manifestação de terça-feira (11) foram divulgadas cenas de policiais
sendo agredidos. “Hoje o Brasil está conhecendo cenas de violência que
ensejaram uma abertura de investigação da parte da Secretaria de
Segurança Público. São cenas lamentáveis que não condizem com o espírito
da cidade de São Paulo”, disse.
“A Prefeitura fez um esforço enorme para que aumento fosse o menor possível”, declarou o prefeito. Haddad afirmou que a nova tarifa dos ônibus, com reajuste abaixo da inflação, exige o deslocamento de investimento de R$ 600 milhões de outras áreas. Caso fosse aplicado o reajuste da inflação acumulada no período pelo IPC/Fipe, o novo valor seria de R$ 3,40. De acordo com o prefeito, esse foi o menor reajuste dos últimos dez anos.
“A Prefeitura fez um esforço enorme para que aumento fosse o menor possível”, declarou o prefeito. Haddad afirmou que a nova tarifa dos ônibus, com reajuste abaixo da inflação, exige o deslocamento de investimento de R$ 600 milhões de outras áreas. Caso fosse aplicado o reajuste da inflação acumulada no período pelo IPC/Fipe, o novo valor seria de R$ 3,40. De acordo com o prefeito, esse foi o menor reajuste dos últimos dez anos.
"Há um longo trajeto para melhorar o transporte. Isso vai se fazer em
uma mesa de negociação com diálogo, com esclarecimento, com a verdade
dos fatos, e não iludindo a respeito da possibilidade de zerar a tarifa e
ninguém pagar mais o ônibus, como se isso fosse possível do dia para a
noite, envolvendo R$ 6 bilhões de investimento", declarou.
"A Prefeitura não pode se submeter ao jogo de tudo ou nada. Ou é do jeito que eles querem ou não tem conversa", disse Haddad. “Nós queremos conversar, mas, quando a gente entra em uma conversa, tem que entrar com o espírito aberto, conhecer o orçamento, conhecer qual as outras áreas vão perder recurso", observou. Haddad afirmou que é dialogar com 11 milhões de pessoas e deixar claro de quais áreas que os investimentos vão sair.
"A Prefeitura não pode se submeter ao jogo de tudo ou nada. Ou é do jeito que eles querem ou não tem conversa", disse Haddad. “Nós queremos conversar, mas, quando a gente entra em uma conversa, tem que entrar com o espírito aberto, conhecer o orçamento, conhecer qual as outras áreas vão perder recurso", observou. Haddad afirmou que é dialogar com 11 milhões de pessoas e deixar claro de quais áreas que os investimentos vão sair.
Segundo Haddad, a Prefeitura tem costume de negociar com manifestantes.
No primeiro protesto, ocorrido em frente à Prefeitura, a administração
municipal estava disposta a receber a comissão de negociação. “Nós
tínhamos uma comissão na porta da Prefeitura, esperando a constituição
de uma comissão de negociação, que não foi formada, e os manifestantes
se recusaram a entrar na Prefeitura para estabelecer diálogo. Acho que a
postura deles talvez venha mudando e eles precisam de esclarecimentos.”
O prefeito afirmou ainda que, diferentemente do que é divulgado pelos
manifestantes, os cobradores e motorista receberam aumento superior ao
que foi repassado para a nova tarifa.
Protesto
A manifestação começou por volta das 17h em frente ao Theatro Municipal, no Centro de São Paulo. Enquanto lojistas fechavam as portas para evitar depredação, a Polícia Militar prendia dezenas para averiguação. Segundo a PM, foram apreendidos coquetéis molotov, facas e maconha. De acordo com a delegada Vitória Lobo Guimarães, at é o início da madrugada, 198 pessoas haviam sido detidas e encaminhadas ao 78º DP, nos Jardins. Todos foram liberados. Quatro vão responder termo circunstanciado; três deles por porte de entorpecentes e um por resistência à prisão. Outras cinco pessoas foram levadas para o 1º DP.
A manifestação começou por volta das 17h em frente ao Theatro Municipal, no Centro de São Paulo. Enquanto lojistas fechavam as portas para evitar depredação, a Polícia Militar prendia dezenas para averiguação. Segundo a PM, foram apreendidos coquetéis molotov, facas e maconha. De acordo com a delegada Vitória Lobo Guimarães, at é o início da madrugada, 198 pessoas haviam sido detidas e encaminhadas ao 78º DP, nos Jardins. Todos foram liberados. Quatro vão responder termo circunstanciado; três deles por porte de entorpecentes e um por resistência à prisão. Outras cinco pessoas foram levadas para o 1º DP.
O ato ocupou a Rua Xavier de Toledo, o Viaduto do Chá e seguiu pela
Avenida Ipiranga. Ao menos duas pessoas foram presas na esquina das
avenidas Ipiranga e São Luís por causa da depredação e pichação de um
ônibus.
Os manifestantes, cerca de 5.000 segundo a PM, usavam máscaras e narizes de palhaço. “Não aguentamos mais sermos explorados”, dizia uma das faixas.
Os manifestantes, cerca de 5.000 segundo a PM, usavam máscaras e narizes de palhaço. “Não aguentamos mais sermos explorados”, dizia uma das faixas.
A Cavalaria da PM uniu-se ao Choque na Rua Maria Antônia, onde
começaram os confrontos. A Universidade Mackenzie, que fica na esquina,
fechou as portas.
Segundo o major da PM Lídio, o acordo era para que os manifestantes não
subissem em direção à avenida Paulista, o que não foi cumprido. “Se não
é para cumprir acordo, aguentem os resultados”, disse.
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/06/prefeitura-nao-pode-se-submeter-ao-jogo-de-tudo-ou-nada-diz-haddad.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário