sexta-feira, 3 de maio de 2013

Investigados por fraude ambiental no RS deixam o Presídio Central

Justiça negou prorrogação de prisão e mandou soltar 10 suspeitos. Dos 18 presos na Operação Concutare, 10 permaneciam no Central.

Berfran Rosado, ex-secretário do meio ambiente do RS  (Foto: Ricardo Duarte/Agência RBS) 
Um dos presos na operação da Polícia Federal, ex-secretário estadual do Meio Ambiente,
Berfran Rosado (E) deixa o Presídio Central de Porto Alegre  (Foto: Ricardo Duarte/Agência RBS)
 
Todos os investigados na Operação Concutare da Polícia Federal (PF) que permaneciam presos deixaram o Presídio Central de Porto Alegre no início da noite desta sexta-feira (3). A liberação foi determinada durante a tarde pela Justiça, que negou o pedido de prorrogação da prisão temporária.

Dos 18 suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção para a concessão de licenças ambientais presos na segunda-feira (29), 10 permaneciam no Presídio Central. Soltos, eles deixaram o local rapidamente, sem falar com a imprensa, alguns cobrindo os rostos. 

A prisão temporária de 10 investigados vencia nesta sexta-feira (3). Ao analisar o pedido de prorrogação feito pela PF, a juíza Karine da Silva Cordeiro, da 1ª Vara Federal Criminal de Porto Alegre, contrariou o parecer do Ministério Público Federal (MPF) e mandou soltar todos. Ela considerou que não havia motivos para a manutenção das prisões.
Pouco depois da ordem de soltura, os delegados responsáveis pela Operação Concutare lamentaram a decisão, em uma entrevista coletiva. Eles disseram que, em liberdade, os investigados podem pressionar testemunhas ou mesmo destruir provas.

“Tenho quase certeza disso (que os suspeitos vão tentar interferir na investigação). É bem provável que vai haver força em cima de determinadas testemunhas”, afirmou o delegado Roger Cardoso.

Na próxima semana, a PF vai intensificar os depoimentos. Entre suspeitos e testemunhas, cerca de 70 pessoas devem ser ouvidas, segundo os delegados. Com a chegada de especialistas, começará também a perícia em empreendimentos. A intenção é saber o tamanho do dano que a fraude pode ter causado ao meio ambiente.

Nesta sexta-feira, a PF informou que 22 pessoas já foram indiciadas por participação na fraude ambiental. O delegado Cardoso, no entanto, diz que esse número deve chegar próximo de 50. A PF espera concluir as investigações até o dia 25.

 http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2013/05/investigados-por-fraude-ambientel-no-rs-deixam-o-presidio-central.html

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