Justiça negou prorrogação de prisão e mandou soltar 10 suspeitos. Dos 18 presos na Operação Concutare, 10 permaneciam no Central.
Um dos presos na operação da Polícia Federal, ex-secretário estadual do Meio Ambiente,
Berfran Rosado (E) deixa o Presídio Central de Porto Alegre (Foto: Ricardo Duarte/Agência RBS)
Berfran Rosado (E) deixa o Presídio Central de Porto Alegre (Foto: Ricardo Duarte/Agência RBS)
Todos os investigados na Operação Concutare da Polícia Federal (PF) que permaneciam presos deixaram o Presídio Central de Porto Alegre
no início da noite desta sexta-feira (3). A liberação foi determinada
durante a tarde pela Justiça, que negou o pedido de prorrogação da
prisão temporária.
Dos 18 suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção para a
concessão de licenças ambientais presos na segunda-feira (29), 10
permaneciam no Presídio Central. Soltos, eles deixaram o local
rapidamente, sem falar com a imprensa, alguns cobrindo os rostos.
A prisão temporária de 10 investigados vencia nesta sexta-feira (3). Ao
analisar o pedido de prorrogação feito pela PF, a juíza Karine da Silva
Cordeiro, da 1ª Vara Federal Criminal de Porto Alegre, contrariou o
parecer do Ministério Público Federal (MPF) e mandou soltar todos. Ela
considerou que não havia motivos para a manutenção das prisões.
Pouco depois da ordem de soltura, os delegados responsáveis pela
Operação Concutare lamentaram a decisão, em uma entrevista coletiva.
Eles disseram que, em liberdade, os investigados podem pressionar
testemunhas ou mesmo destruir provas.
“Tenho quase certeza disso (que os suspeitos vão tentar interferir na
investigação). É bem provável que vai haver força em cima de
determinadas testemunhas”, afirmou o delegado Roger Cardoso.
Na próxima semana, a PF vai intensificar os depoimentos. Entre
suspeitos e testemunhas, cerca de 70 pessoas devem ser ouvidas, segundo
os delegados. Com a chegada de especialistas, começará também a perícia
em empreendimentos. A intenção é saber o tamanho do dano que a fraude
pode ter causado ao meio ambiente.
Nesta sexta-feira, a PF informou que 22 pessoas já foram indiciadas por
participação na fraude ambiental. O delegado Cardoso, no entanto, diz
que esse número deve chegar próximo de 50. A PF espera concluir as
investigações até o dia 25.
http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2013/05/investigados-por-fraude-ambientel-no-rs-deixam-o-presidio-central.html
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