São Paulo (AE) - Conhecido por comandar a primeira grande greve contra a
ditadura - a dos metalúrgicos de Osasco, em julho de 1968 -, morreu
ontem em São Paulo, aos 65 anos, o líder sindical José Ibrahim. Depois
de uma quarta-feira movimentada, em que esteve no palanque do 1º de Maio
no Campo de Bagatelle e à noite viu o jogo do Corinthians contra o Boca
Juniors, Ibrahim teve um enfarte enquanto dormia em sua casa, em
Pinheiros. Ibrahim, que deixa a mulher e um filho, está sendo velado na
Assembleia Legislativa e será sepultado nesta sexta-feira à tarde no
Cemitério Bela Vista, em Osasco.
Um de seus primeiros aliados no movimento sindical, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, divulgou nota de pesar na qual afirma que ele “atuou para organizar os trabalhadores de Osasco e, defendendo seus ideais, enfrentou a prisão e o exílio”. De volta ao Brasil, prossegue Lula, Ibrahim “ajudou a fundar o PT e seguiu militando no movimento sindical até o fim de sua vida”.
Em outra nota, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, Jorge Nazareno, completa a história: “Se não houvesse Osasco de 1968 não haveria o ABC de 1978” - onde Lula comandou seguidas greves que desembocaram dois anos depois na fundação do PT. Para Nazareno, a greve de Osasco foi “o grande marco” na resistência ao regime militar.
Esse papel determinou os 45 anos seguintes de sua vida. Demitido após a greve, Ibrahim entrou para a luta clandestina contra a ditadura. Filiado à Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), ele foi preso, torturado e, em 1969, libertado - ao lado de outros 14 presos políticos - em troca do embaixador americano Charles Elbrick. Exilado, viveu 10 anos em Cuba, México e Chile.
Um de seus primeiros aliados no movimento sindical, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, divulgou nota de pesar na qual afirma que ele “atuou para organizar os trabalhadores de Osasco e, defendendo seus ideais, enfrentou a prisão e o exílio”. De volta ao Brasil, prossegue Lula, Ibrahim “ajudou a fundar o PT e seguiu militando no movimento sindical até o fim de sua vida”.
Em outra nota, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, Jorge Nazareno, completa a história: “Se não houvesse Osasco de 1968 não haveria o ABC de 1978” - onde Lula comandou seguidas greves que desembocaram dois anos depois na fundação do PT. Para Nazareno, a greve de Osasco foi “o grande marco” na resistência ao regime militar.
Esse papel determinou os 45 anos seguintes de sua vida. Demitido após a greve, Ibrahim entrou para a luta clandestina contra a ditadura. Filiado à Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), ele foi preso, torturado e, em 1969, libertado - ao lado de outros 14 presos políticos - em troca do embaixador americano Charles Elbrick. Exilado, viveu 10 anos em Cuba, México e Chile.
http://tribunadonorte.com.br/noticia/enfarte-mata-sindicalista-que-desafiou-a-ditadura/249282
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