Transferência aumentaria os riscos de uma nova morte, disse secretário.
Maternidade de Ceilândia é a maior do DF e faz 20 partos por mês.
Secretário-adjunto de Saúde, Elias Miziara, durante coletiva neste sábado (Foto: Raquel Morais/G1)
Mesmo após a morte do sétimo bebê em 18 dias, a UTI neonatal do
Hospital Regional de Ceilândia recebeu outro recém-nascido na manhã
deste sábado (13). A Secretaria de Saúde do Distrito Federal anunciou o
fechamento da maternidade como "medida preventiva". As causas da morte
da criança ainda não foram identificadas - a pasta não descartou a
possibilidade de infecção por Serratia.
Segundo o secretário-adjunto, Elias Miziara, o bebê foi internado mesmo
após a morte da outra criança e a interdição da maternidade por ter
"chance de sobrevida pequena" se fosse transportado para outro local.
"Sempre aumenta enormemente o risco para ele [se ele for transferido, em
vez de ficar no hospital]", disse.
Miziara informou ainda que os bebês atualmente internados na unidade -
11 na enfermaria e oito na UTI - não serão transferidos para prevenir
novos contágios. "Poderia representar um risco para outras unidades",
disse.
Na manhã deste sábado a secretaria solicitou que bombeiros e Samu não
encaminhem mais mães ao hospital. A maternidade é a maior do DF e
realiza cerca de 20 partos por dia.
Dos 56 leitos disponíveis na enfermaria, 11 estavam ocupados neste
sábado. Todas as oito vagas na UTI neo-natal também tinham bebês
internados. Destes, a Secretaria informou que dois também estão
contaminados pela bactéria Serratia, mas em quadro controlado;um está
sob investigação e os outros cinco enfrentam outros problemas.
A pasta informou que vai trocar antibióticos e materiais de limpeza
para auxiliar na higienização da unidade. Não há previsão para que todas
as crianças internadas recebam alta nem para a a desinterdição da
maternidade.
"Nós ainda não sabemos exatamente se há um foco [provocando infecções
por bactéria], nem onde está esse foco", explicou o secretário. "É
possível até que a situação esteja controlada, mas estamos adotando uma
conduta preventiva."
Interdição
A Secretaria de Saúde decidiu fechar a maternidade do hospital na manhã deste sábado depois que mais um bebê morreu na UTI neonatal. Foram sete casos no período de 18 dias. De acordo com a pasta, a média costuma ser de cinco mortes por mês.
A Secretaria de Saúde decidiu fechar a maternidade do hospital na manhã deste sábado depois que mais um bebê morreu na UTI neonatal. Foram sete casos no período de 18 dias. De acordo com a pasta, a média costuma ser de cinco mortes por mês.
Dos sete bebês, dois foram mortos por infecção da bactéria Serratia.
Outros dois morreram por problemas gástrico e cardíaco, sem ligação com a
bactéria. As mortes das outras três crianças, incluindo a que morreu
neste sábado, ainda estão sendo investigadas.
"Um sinal de alerta surge quando você vê uma criança que, ao que tudo
indica, irá bem, e aí acontece um evento como esse [morte]", disse o
secretário-adjunto.
Fachada do Hospital Regional de Ceilândia (Foto: TV Globo/Reprodução)
A transmissão da bactéria ocorre principalmente por causa da falta de
higiene nas mãos. A Serratia causa diminuição das plaquetas no sangue,
que é responsável pela coagulação. Pacientes com baixa quantidade de
plaquetas estão mais suscetíveis a anemias e hemorragias.
http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2013/04/uti-de-maternidade-fechada-no-df-recebeu-bebe-mesmo-apos-7-morte.html
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