Morreu na manhã de hoje, 02, a 240ª
vítima do incêndio na boate Kiss de Santa Maria, região central do
Estado. Pedro Falcão Pinheiro, 25 anos, (foto) estava internado há 34
dias no Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre. O jovem tinha
queimaduras graves e foi tratado com o medicamento hidroxicobalamina,
importado dos Estados Unidos, em razão da intoxicação por cianeto
liberado da queima da espuma que revestia a casa noturna.
Segundo o superintendente do Grupo
Hospitalar Conceição, Carlos Eduardo Nery Paes, o paciente apresentava o
estado de saúde mais delicado do hospital. "Ele estava com problemas
renais e passava por hemodiálise. Era o caso mais grave de todos",
explicou.
A família do jovem, que era natural de Santana do Livramento, já foi comunicada do falecimento. Pedro Falcão Pinheiro morava em Santa Maria, onde estudava no Centro Universitário Franciscano (Unifra).
A necropsia confirmou que as vítimas do incêndio da boate Kiss tinham a substância cianeto no sangue.
Os autos do exame, fotografias e laudos periciais foram anexados ao
pedido de prisão preventiva dos dois sócios da casa noturna, Elissandro
Spohr e Mauro Hoffman, além dos integrantes da banda Gurizada
Fandangueira, o vocalista Marcelo de Jesus dos Santos e o produtor
Luciano Augusto Bonilha, decretada nesta sexta-feira pelo juiz Ulysses
Fonseca Louzada, da 1ª Vara Criminal de Santa Maria.
A tragédia
O incêndio na boate Kiss – que fica à Rua dos Andradas, Centro de Santa Maria – começou por volta das 2h30min da madrugada de 27 de janeiro. O público participava de uma festa organizada por estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
O incêndio na boate Kiss – que fica à Rua dos Andradas, Centro de Santa Maria – começou por volta das 2h30min da madrugada de 27 de janeiro. O público participava de uma festa organizada por estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Segundo testemunhas, o fogo teria
começado quando um dos integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que
acabara de subir ao palco, lançou um sinalizador. O objeto teria
encostado na forração da casa noturna. As pessoas não teriam percebido o
fogo de imediato, mas assim que o incêndio se espalhou, a correria teve
início. Conforme relatos, os extintores posicionados na frente do palco
não funcionaram.
Em pânico, muitos não conseguiram
encontrar a única porta de saída do local e correram para os banheiros.
Aqueles que conseguiram fugir em direção à saída, ficaram presos nos
corrimãos usados para organizar as filas. A boate foi tomada por uma
fumaça preta e as pessoas não conseguiam enxergar nada. A maioria morreu
asfixiada dentro dos banheiros ou na parte dos fundos da boate. De Ijuí
morreram sete jovens na tragédia. Outras duas pessoas foram internadas
em hospitais de Ijuí. Uma delas é natural de Ijuí e outra da região
celeiro. Os dois pacientes já estão em casa.
Fonte: Correio do Povo
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