Ação na Zona Norte contou com blindados, helicópteros e 1,6 mil agentes.
Duas das principais vias de acesso ao Rio passam pela região.
Uma megaoperação envolvendo cerca de 1,6 mil policiais, helicópteros e
dois tanques blindados do Exército ocupou a comunidade da Barreira do
Vasco e do Complexo do Caju, na Zona Norte do Rio de Janeiro, em 25 minutos na madrugada deste domingo (3), segundo o delegado que coordena a operação, Marcos Vinícius Braga.
A ação ocorreu tranquilamente e nenhum disparo precisou ser efetuado para tomar as comunidades, segundo afirmou o porta-voz da Polícia Militar, coronel Frederico Caldas, à TV Globo. No local, será instalada a 31ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).
A ação ocorreu tranquilamente e nenhum disparo precisou ser efetuado para tomar as comunidades, segundo afirmou o porta-voz da Polícia Militar, coronel Frederico Caldas, à TV Globo. No local, será instalada a 31ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).
Veículo militar retira blocos de concreto para liberar ocupação de comunidades no Rio de Janeiro.
As comunidades ficam entre a Zona Portuária, Avenida Brasil e Linha
Vermelha, duas das principais vias de acesso ao Rio de Janeiro. Segundo o
Instituto Pereira Passos (IPP), a Barreira do Vasco, em São Cristóvão,
tem quase 8 mil habitantes e o conjunto de favelas do Caju tem mais de
16 mil moradores.
A área era comandada por facção responsável por grande parte dos roubos
de carros da cidade, além de ser um importante ponto de tráfico de
drogas, de acordo com comentarista de segurança Rodrigo Pimentel, da TV
Globo. Eles encontravam facilidade para fugir pela Avenida Brasil e
Linha Vermelha.
A Linha Vermelha foi fechada às 4h deste domingo (3) para
a segurança dos motoristas e para passagem dos blindados do Bope e dos
fuzileiros navais. A previsão inicial era que o bloqueio terminasse
somente às 10 horas, mas, por volta de 6h30 a via já havia sido liberada dada a tranquilidade da ocupação.
Durante vários dias, os policiais fizeram um cerco à região, o que na
opinião do coronel Frederico Caldas fez com que a operação ocorresse sem
incidentes. De acordo com ele, a ocupação pelas forças de segurança é
"libertadora".
A operação começou pouco antes das 5h deste domingo, quando as tropas
deixaram o ponto de concentração no laboratório da Marinha em São
Cristóvão com destino às comunidades. Minutos depois, os blindados
começam a abrir caminho para entrar no complexo.
Às 5h30, já havia policiais nas ruas e vielas no interior das favelas. A expectativa é de que, a partir da ocupação, os policiais iniciem uma varredura na região à procura de criminosos, armas, drogas e possíveis esconderijos.
Às 5h30, já havia policiais nas ruas e vielas no interior das favelas. A expectativa é de que, a partir da ocupação, os policiais iniciem uma varredura na região à procura de criminosos, armas, drogas e possíveis esconderijos.
No entanto, a polícia acredita que os principais chefes do tráfico do
local já foram embora. "A ocupação já havia sido anunciada previamente. O
nosso objetivo é a retomada do território para devolver a seus
moradores. Assim que amanhecer, a polícia vai buscar possíveis
esconderijos de armas e drogas", disse o delegado Marcos Vinícius Braga.
“Nós investimos em planejamento e quando você pensa muito antes, você
gasta menos depois. Está tudo funcionando como a gente planejou”,
concluiu.
O Rio tem, ao todo, 30 Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), onde vivem cerca de 450 mil moradores. A última ocupação foi em outubro de 2012,
nas comunidades de Jacarezinho e Manguinhos. A entrada no Caju e na
Barreira do Vasco é parte de uma estratégia para entrar no Conjunto de
Favelas da Maré, uma das regiões de maior atuação do tráfico.
Varredura
A Polícia Militar cumpre 21 mandados de prisão e dez de busca e apreensão nas comunidades ocupadas nesta madrugada. De acordo com o porta-voz da PM, coronel Frederico Caldas, a expectativa é de que até o final do dia todos os mandados sejam cumpridos. “Não houve qualquer resistência. Agora, faremos um rrabalho meticuloso em busca de armas e drogas”, disse.
A Polícia Militar cumpre 21 mandados de prisão e dez de busca e apreensão nas comunidades ocupadas nesta madrugada. De acordo com o porta-voz da PM, coronel Frederico Caldas, a expectativa é de que até o final do dia todos os mandados sejam cumpridos. “Não houve qualquer resistência. Agora, faremos um rrabalho meticuloso em busca de armas e drogas”, disse.
Até às 7h15, apenas um homem havia sido preso com uma arma de choque e
drogas. O suspeito foi encontrado pela polícia quando dois usuários de
crack entraram correndo em sua casa. Ele foi levado para a 17ª DP, em
São Cristóvão, onde estão sendo concentradas as ocorrências registradas
durante a operação.
A polícia recomenda que os moradores das comunidades do Caju e Barreira
do Vasco andem com documentos neste domingo, já que podem ser
revistados pelos policiais e solicitados a apresentar a identificação.
Comunidades ficam no entorno da Avenida Brasil e da Linha Vermelha (
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