No primeiro dia útil após a série de operações policiais realizadas
em Santa Catarina para tentar conter a onda de ataques, a situação no
principal terminal de transporte coletivo de Florianópolis continuou
muito complicada na noite desta segunda-feira. Um tumulto causado pela
revolta dos usuários fechou o TICEN por cerca de uma hora.
O
serviço de escolta dos ônibus acabou fazendo com que a saída atrasasse
desde o início da noite. Os coletivos deixavam o terminal em grandes
comboios em horários completamente diferentes dos habituais, o que
revoltou usuários.
Cerca de 50 deles chegaram a fechar uma das
saídas do terminal para protestar contra a demora na prestação do
serviço.Os manifestantes só deixaram a pista depois de negociarem com a
Polícia Militar a disponibilização de novos ônibus para a região do
continente.
Apesar da liberação da pista, o serviço de escolta
gerou muitos protestos durante toda a noite. O operador de
telemarketing Juliel Santana, morador da região sul da cidade, chegou ao
TICEN por volta das 19h, mas só conseguiu embarcar em um ônibus depois
de duas horas e meia.
“A minha indignação é com o descaso. Ninguém
dá informação e os funcionários das empresas de ônibus parecem estar
mais perdidos do que os usuários”, disse. “Os veículos demoram a sair e
quando saem estão lotados. Trabalhei o dia inteiro e não consigo chegar
em casa”, completou.
O representante do sindicato dos
trabalhadores do transporte (SINTRATURB), Ricardo Freitas, acompanhou a
movimentação e voltou a falar sobre uma paralisação do serviço. “O
serviço de escolta está complicado e com essa demora quem está pagando o
preço é a população”, disse. “Defendemos a paralisação como ocorreu na
sexta. O usuário não pode ficar duas a três horas esperando para voltar
para casa”, afirmou.
A reportagem do Terra percorreu
uma das linhas em direção ao continente. Um itinerário que normalmente
era realizado em 15 minutos chegou a ser cumprido em uma hora e 20
minutos. “Estão parando em todos os pontos, pois jogaram todas as linhas
do continente no mesmo ônibus. Está complicado ir trabalhar no centro.
Ninguém toma providência para ajudar a população”, afirmou Andressa de
Paula, 35 anos.
O tenente coronel Araújo Gomes, que coordenou por
parte da PM o serviço de escolta, afirmou que após a manifestação dos
usuários e do fechamento de uma das plataformas a situação acabou
controlada. “Temos viaturas a postos para fazer a escolta. Tivemos uma
pequena manifestação mas a situação foi controlada”, disse.
http://www.jb.com.br/pais/noticias/2013/02/19/sc-em-1o-dia-util-apos-acoes-da-pm-restricao-de-onibus-gera-tumulto/
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