O Procurador-geral da Republica, Roberto Gurgel, denunciou o senador
Renan Calheiros sob acusação de ter cometido três crimes: falsidade
ideológica, uso de documentos falsos e peculato.
A denúncia foi apresentada ao STF (Supremo Tribunal Federal) na última
semana e está no gabinete do ministro Ricardo Lewandowiski, que é o
relator do caso.
Em 2007, Renan tornou-se suspeito de pagar despesas pessoais com
dinheiro de Cláudio Gontijo, que trabalha para a empreiteira Mendes
Júnior. Para justificar que tinha renda para fazer os pagamentos, Renan
apresentou documentos e afirmou que tinha ganhos com a venda de gado. O
senador pagava uma pensão mensal à jornalista Mônica Veloso, com quem
tem uma filha.
Lula Marques/Folhapress | ||||||
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) |
A denúncia foi revelada pelo site da revista "Época". Nela diz Gurgel:
"Em síntese, apurou-se que Renan Calheiros não possuía recursos
disponíveis para custear os pagamentos feitos a Mônica Veloso no período
de janeiro de 2004 a dezembro de 2006, e que inseriu e fez inserir em
documentos públicos e particulares informações diversas das que deveriam
ser escritas sobre seus ganhos com atividade rural, com o fim de
alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, sua
capacidade financeira".
Renan foi acusado de falsidade ideológica e uso de documento falso
porque, segundo a Procuradoria, "utilizou tais documentos
ideologicamente falsos perante o Senado Federal para embasar sua defesa
apresentada".
De 118 cheques por Renan como pagamentos da pensão, 66 foram destinados a
outras pessoas e empresas. Além disso,39 tinham como beneficiário o
próprio senador."No verso de alguns destes cheques destinados ao próprio
Renan, havia manuscritos que indicam o provável destino do dinheiro,
tais como 'mão de obra reforma da casa', 'reforma Barra' e 'folha de
pagamento', o que diminui ainda mais sua capacidade de pagamento",
escreveu Gurgel.
A maior parte das provas usadas pelo Procuradoria já estavam presentes
no laudo preparado pela PF em 2007. Por exemplo, o depoimento de José
Leodácio de Souza, que teria comprado 45 bois, mas negou. Para Gurgel,
isso, "confirma a falsidade ideológica dos documentos apresentados".
Por fim, a denúncia aponta a suposta lucratividade recorde dos negócios
do senador. Segundo a PF apontou em 2007, houve "resultado fictício". Em
sua denúncia, diz o procurador: "A ausência de registro de despesas de
custeio () implica resultado fictício da atividade rural, o que explica a
espantosa 'lucratividade' obtida pelo denunciado entre 2002 e 2006".
Segundo a denúncia, o peculato estaria configurado com desvio de verba
indenizatória do Senado."No curso deste inquérito, também ficou
comprovado que, no período de janeiro a julho de 2005, Renan Calheiros
desviou, em proveito próprio e alheio, recursos públicos do Senado
Federal da chamada verba indenizatória, destinada ao pagamento de
despesas relacionadas ao exercício do mandato parlamentar".
O dinheiro ia para a Costa Dourada, uma locadora de carros de Alagoas em
nome de Tito Uchôa, que já foi apontado como laranja de Renan em rádios
e TVs.
Renan diz que não comenta denúncia da Procuradoria
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL), favorito a assumir a presidência do Senado, afirmou nesta sexta-feira que não viu a denúncia da Procuradoria-Geral da República enviada ao STF (Supremo Tribunal Federal).
"Não vi. Não posso comentar", disse ao ser questionado, na chegada ao Senado, se isso poderia mudar o resultado das eleições. "Voto secreto você nunca sabe".
Renan chegou acompanhado pelo atual presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), e percorreu os gabinetes dos senadores em busca de apoio.
O favorito à presidência do Senado é acusado pela Procuradoria-Geral da República pelos crimes de peculato (desvio de dinheiro público), falsidade ideológica e uso de documento falso, segundo a revista "Época".
A revista afirma que teve acesso a íntegra da denúncia oferecida pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, na última sexta-feira (25) ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra Renan que aponta esses crimes.
Segundo Gurgel, Renan apresentou notas frias e documentos falsificados para justificar a origem dos recursos que o lobista de uma grande empreiteira entregava, em dinheiro vivo, para pagar a pensão de sua filha com a jornalista Mônica Veloso.
Renan diz que não comenta denúncia da Procuradoria
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL), favorito a assumir a presidência do Senado, afirmou nesta sexta-feira que não viu a denúncia da Procuradoria-Geral da República enviada ao STF (Supremo Tribunal Federal).
"Não vi. Não posso comentar", disse ao ser questionado, na chegada ao Senado, se isso poderia mudar o resultado das eleições. "Voto secreto você nunca sabe".
Renan chegou acompanhado pelo atual presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), e percorreu os gabinetes dos senadores em busca de apoio.
O favorito à presidência do Senado é acusado pela Procuradoria-Geral da República pelos crimes de peculato (desvio de dinheiro público), falsidade ideológica e uso de documento falso, segundo a revista "Época".
A revista afirma que teve acesso a íntegra da denúncia oferecida pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, na última sexta-feira (25) ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra Renan que aponta esses crimes.
Segundo Gurgel, Renan apresentou notas frias e documentos falsificados para justificar a origem dos recursos que o lobista de uma grande empreiteira entregava, em dinheiro vivo, para pagar a pensão de sua filha com a jornalista Mônica Veloso.
http://www1.folha.uol.com.br/poder/1224125-procuradoria-acusa-renan-de-desviar-dinheiro-e-falsificar-documentos-diz-revista.shtml
http://www1.folha.uol.com.br/poder/1224138-renan-diz-que-nao-comenta-denuncia-da-procuradoria.shtml
http://www1.folha.uol.com.br/poder/1224138-renan-diz-que-nao-comenta-denuncia-da-procuradoria.shtml
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