domingo, 3 de fevereiro de 2013

'O terrorismo foi repelido, mas não vencido', diz Hollande em visita ao Mali

'O terrorismo foi repelido, mas não vencido', diz Hollande em visita ao Mali
O presidente francês, François Hollande, declarou neste sábado em Bamaco, perante milhares de pessoas, que o terrorismo no norte do Mali foi repelido, mas não vencido.

'O terrorismo foi repelido, expulso, mas não foi vencido', disse Hollande em discurso pronunciado na Praça da Independência, ao lado de seu colega malinês Dioncunda Traoré.

Em seu discurso, o presidente francês voltou a advertir que 'o combate não terminou' e fez insistência em que 'os grupos terroristas foram debilitados, sofreram grandes perdas, mas não desapareceram'.

'O que devemos fazer é continuar e a França seguirá apoiando vocês o tempo que for necessário, ou seja, o tempo que os africanos necessitem através da Missão Internacional de Apoio a Mali para substituir-nos', acrescentou Hollande, interrompido em várias ocasiões pelo público por conta dos aplausos.

Hollande chegou neste sábado ao Mali em sua primeira visita depois da intervenção militar francesa de apoio ao Exército do país na luta contra os grupos salafistas que controlavam o norte desde junho.

O líder francês, acompanhado por Traoré, visitou as cidades de Sevaré, primeiro centro de operações da ofensiva militar franco-malinês, Timbuktu, principal cidade do norte do Mali, e Bamaco, a capital.
'Em todas partes encontrei o mesmo clamor, o mesmo fervor para dizer viva a França e viva o Mali', disse o Presidente para descrever o agradecimento recebido pelos malineses durante sua viagem.

Além disso, Hollande qualificou em 10 de janeiro, dia no qual deu sinal verde ao Exército francês para intervir no Mali contra os insurgentes salafistas, como o dia mais importante de sua vida política.

'Acabo de viver, sem dúvida nenhuma, o dia mais importante da minha vida política', disse Hollande para descrever a jornada na qual tomou dita decisão.

Além disso, chamou o respeito aos direitos humanos no Mali e a continuar com a transição política para realização de eleições.

'Os que se associaram aos grupos terroristas deverão responder por seus crimes, mas perante a Justiça', disse Hollande antes de ressaltar que 'a justiça não é vingança'.

Por sua parte, Traoré prometeu 'zero represálias' nos territórios libertados do norte.
Várias organizações internacionais denunciaram supostas violações dos direitos humanos por parte das tropas malinesas durante a ofensiva conjunta que começou em 11 de janeiro.


msn

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