O presidente francês, François Hollande,
declarou neste sábado em Bamaco, perante milhares de pessoas, que o
terrorismo no norte do Mali foi repelido, mas não vencido.
'O
terrorismo foi repelido, expulso, mas não foi vencido', disse Hollande
em discurso pronunciado na Praça da Independência, ao lado de seu colega
malinês Dioncunda Traoré.
Em seu discurso, o presidente francês
voltou a advertir que 'o combate não terminou' e fez insistência em que
'os grupos terroristas foram debilitados, sofreram grandes perdas, mas
não desapareceram'.
'O que devemos fazer é continuar e a França
seguirá apoiando vocês o tempo que for necessário, ou seja, o tempo que
os africanos necessitem através da Missão Internacional de Apoio a Mali
para substituir-nos', acrescentou Hollande, interrompido em várias
ocasiões pelo público por conta dos aplausos.
Hollande chegou
neste sábado ao Mali em sua primeira visita depois da intervenção
militar francesa de apoio ao Exército do país na luta contra os grupos
salafistas que controlavam o norte desde junho.
O líder francês,
acompanhado por Traoré, visitou as cidades de Sevaré, primeiro centro de
operações da ofensiva militar franco-malinês, Timbuktu, principal
cidade do norte do Mali, e Bamaco, a capital.
'Em todas partes
encontrei o mesmo clamor, o mesmo fervor para dizer viva a França e viva
o Mali', disse o Presidente para descrever o agradecimento recebido
pelos malineses durante sua viagem.
Além disso, Hollande
qualificou em 10 de janeiro, dia no qual deu sinal verde ao Exército
francês para intervir no Mali contra os insurgentes salafistas, como o
dia mais importante de sua vida política.
'Acabo de viver, sem
dúvida nenhuma, o dia mais importante da minha vida política', disse
Hollande para descrever a jornada na qual tomou dita decisão.
Além disso, chamou o respeito aos direitos humanos no Mali e a continuar com a transição política para realização de eleições.
'Os
que se associaram aos grupos terroristas deverão responder por seus
crimes, mas perante a Justiça', disse Hollande antes de ressaltar que 'a
justiça não é vingança'.
Por sua parte, Traoré prometeu 'zero represálias' nos territórios libertados do norte.
Várias
organizações internacionais denunciaram supostas violações dos direitos
humanos por parte das tropas malinesas durante a ofensiva conjunta que
começou em 11 de janeiro.
msn
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