Aumento da procura revela déficit no setor.
O fechamento temporário das duas maiores maternidades
privadas do Distrito Federal deixou claro que a rede privada de saúde do
DF opera no limite da sua capacidade, ao menos no atendimento
a gestantes. No final do ano passado, o Hospital Santa Lúcia deixou de
atender as grávidas que chegavam à emergência. Até as cesáreas agendadas
com antecedência foram canceladas. Com isso, pacientes que já estavam
com procedimentos marcados tiveram que procurar outros hospitais, o que
gerou um efeito em cascata nas outras insituições e muita insegurança
para a as pacientes.
A crise começou com a falta de médicos especializados na UTI (Unidade
de Terapia Intensiva) neonatal do hospital. Em seguida, o Hospital
Santa Luzia, que fica ao lado do Santa Lúcia, também fechou as portas
para as gestantes em função da superlotação. A falta de atendimento nos
dois hospitais refletiu no atendimento de outras maternidades.
A servidora pública Andreia Rocha Belo, de 31 anos, planejou ter a filha na Maternidade Brasília. Como ela optou por parto normal, não teve como agendar o nascimento da filha.
No dia 16 de novembro, Andreia chegou a Maternidade Brasília com dilatação total. A recepcionista informou que não seria possível interná-la porque a unidade estava lotada.
A servidora pública Andreia Rocha Belo, de 31 anos, planejou ter a filha na Maternidade Brasília. Como ela optou por parto normal, não teve como agendar o nascimento da filha.
No dia 16 de novembro, Andreia chegou a Maternidade Brasília com dilatação total. A recepcionista informou que não seria possível interná-la porque a unidade estava lotada.
O marido de Andreia começou a ligar para outras maternidades que
também recusaram o atendimento alegando não haver vagas. A recepcionista
então chamou a médica plantonista, que constatou não ter mais tempo
para transferir Andreia para outro hospital.
Andreia foi encaminhada para sala de cirurgia e logo em seguida deu à luz Talita, sua terceira filha. Como não tinha vaga nos quartos, ela teve que aguardar em uma sala de espera com outras cinco mulheres que tinham acabado de ganhar bebê. Apesar do transtorno, tudo ocorreu bem, mas Andreia não esquece dos momentos de aflição.
— Foi decepcionante. Eu planejava ter um parto humanizado, dentro da água. E não pude porque a maternidade estava lotada. Mas graças a Deus ocorreu tudo bem.
Andreia foi encaminhada para sala de cirurgia e logo em seguida deu à luz Talita, sua terceira filha. Como não tinha vaga nos quartos, ela teve que aguardar em uma sala de espera com outras cinco mulheres que tinham acabado de ganhar bebê. Apesar do transtorno, tudo ocorreu bem, mas Andreia não esquece dos momentos de aflição.
— Foi decepcionante. Eu planejava ter um parto humanizado, dentro da água. E não pude porque a maternidade estava lotada. Mas graças a Deus ocorreu tudo bem.
A Maternidade Brasília não comentou o atendimento dado à servidora pública Andreia Rocha Belo, e limitou-se a dizer que “no final do ano já se espera uma lotação nas maternidades”. A unidade informou que estão em fase de ampliação para “absorver melhor às demandas sazonais.” O Hospital Santa Luzia não atendeu às ligações da reportagem do R7.
De acordo com a Secretaria de Saúde, no primeiro semestre de 2012, os hospitais particulares do DF realizaram 7.214 partos. Uma média mensal de 1.202 procedimentos. No ano anterior, a média mensal foi de 1.142 partos. O aumento de 5,2% que revela um crescimento na procura por unidades particulares.
http://noticias.r7.com/distrito-federal/noticias/maternidades-privadas-de-brasilia-operam-no-limite-da-capacidade-20130202.html
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