A Standard & Poor´s pode ser multada num valor equivalente a R$ 10 bilhões por supostamente ter contribuído para a maior crise econômica desde a década de 1930.
Uma agência que avalia o risco de se investir dinheiro em papéis de
empresas e de governos está sob suspeita. A Standard & Poor´s pode
ser multada pelo governo americano num valor equivalente a R$ 10 bilhões
por supostamente ter contribuído para a maior crise econômica desde a
década de 1930
De setembro de 2004 a outubro de 2007, segundo o governo americano, a
Standard & Poor’s lucrou, dando nota máxima para títulos de dívidas
de hipoteca de grande risco. A boa classificação levou muitos
investidores a comprarem esses papéis achando que eles eram seguros.
Era uma época em que bancos emprestavam dinheiro para a compra da casa
própria, sem levar muito em conta a capacidade de pagamento de quem
buscava o financiamento. E muitas vezes as casas eram dadas como
garantia para levantar outros empréstimos. Quando as pessoas começaram a
ter dificuldades em pagar suas dívidas, os bancos passaram a ter
problemas. Foi um efeito dominó, que levou o país à uma crise que
atingiu o mundo todo.
Quem ficou com esses títulos hipotecários teve grandes prejuízos, avaliados em mais de US$ 5 bilhões.
Na ação movida contra a Standard & Poor’s, as autoridades
americanas dizem que a agência - que recebe dos clientes pelo serviço de
classificação de risco - foi menos rigorosa. Para aumentar as receitas e
ganhar clientes, ela manteve notas altas mesmo sabendo da fragilidade
dos papéis.
A agência nega e diz que as análises sempre foram imparciais. Afirma
também que na época ninguém poderia imaginar o tamanho da crise, nem o
governo. E cita que, desde então, vem aperfeiçoando o sistema de
avaliação.
Alguns analistas dizem que a ação do governo contra a agência é uma
retaliação. Em agosto de 2011 a Standard & Poor’s reduziu, pela
primeira vez na história, a classificação de risco dos Estados Unidos. O
país, que tinha a nota máxima do ranking, foi rebaixado por causa
trajetória de crescimento da dívida.
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