quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

140 militares viciados em algum tipo de droga passaram por tratamento médico na PM do DF em 2012

 http://www.pmdf.df.gov.br/4bpm/images/foto001.JPG

Número apresentou redução em relação aos anos anteriores.

Após um policial militar ser filmado bêbado durante o expediente no Recanto das Emas, região administrativa do DF, a Polícia Militar informou que pelo menos 140 militares viciados em algum tipo de droga passaram por tratamento médico oferecido pela corporação. 

De acordo com o sargento Luzimar Torres, do Centro de Assistencia Social da Policía Militar, que atende policiais viciados, em 2009 pelo menos 223 membros da corporação buscaram tratamento para se livrar de drogas ilícitas ou não. Em 2010 o número diminuiu para 198. No ano seguinte, 199 pessoas buscaram ajuda médica. Já no ano passado, o número caiu para 140.

Para o sargento Torres, que é especialista em tratamento de dependentes químicos, não há uma efetivação eficaz do Estado no tratamento de policiais viciados em algum tipo de entorpecente. O militar também pesquisou as razões que levam um policial a se entregar as drogas. A pressão no trabalho, o dever de preservar a vida da população, problemas em casa com a família, dificuldade financeira e as poucas oportunidades de evoluir na profissão, são os principais fatores.

A assistência médica preventiva está prevista em lei para garantir a saúde do servidor público. A norma assegura auxílio médico-hospitalar, médico-domiciliar, odontológica, psicológica e social ao militar e seus dependentes.

O sargento Torres já acompanhou vários casos de policiais viciados e lembrou da morte de um cabo que não resistiu a um coma alcoólico. Ele estaria frustrado por causa de uma promoção que não veio no prazo marcado e passou a beber sem parar. O cabo morreu em dezembro do ano passado.

Pelo Código Penal Militar, trabalhar sob o efeito do álcool é crime com pena de seis meses a dois anos de prisão. Já o alcoolismo é visto com outros olhos pela corregedoria. Não é fator determinante para demitir o policial. No Maximo, ele deve ser aposentado antes do tempo.

No caso do policial flagrado bêbado durante o plantão, a Corregedoria decidiu tomar algumas providências imediatas. Ele teve o porte de arma suspenso e foi transferido para o setor administrativo da corporação. O policial também passará por tratamento de saúde na PM. Ele foi filmado visivelmente embriagado enquanto estava de plantão em um posto comunitário do Recanto das Emas.

Em agosto do ano passado, o então comandante do BPTrans (Batalhão de Trânsito da Polícia Militar do DF), tenente-coronel Francisco Eronildo Feitosa Rodrigues, foi acusado de tentar beijar e abraçar duas mulheres à força em Vicente Pires, região administrativa do DF. Ele estaria bêbado e teria mostrado a arma para intimidar as vítimas.

Na denúncia formalizada na Corregedoria da PMDF, informações dão conta de que o coronel estaria bêbado o dia da confusão. Além disso, o carro dele também estava batido. O boletim registrou ainda que uma militar tentou impedi-lo de dirigir para evitar acidentes e que tentou desarmar o coronel, que teria sacado o revólver da cintura e o apontado para o alto.

A confusão terminou quando um dos militares da própria Corregedoria conseguiu levar o carro do comandante para a casa dele. Ele foi afastado da função de comandante do Batalhão de Trânsito.

A Polícia Militar informou que mantém vários serviços de saúde para atender aos servidores. O Bem Estar Social oferece ajuda aos dependentes que estão em casa ou nos hospitais. O Pradeq (Programa de Recuperação e Apoio ao Dependente) auxilia na recuperação dos viciados. E o Praev Vida é especializado no resgate da auto estima do viciado.


http://noticias.r7.com/distrito-federal/noticias/140-militares-viciados-em-algum-tipo-de-droga-passaram-por-tratamento-medico-na-pm-do-df-em-2012-20130214.html


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