sábado, 5 de janeiro de 2013

Vereadora de Ponta Grossa (PR) está presa e aguarda habeas-corpus

 
 Defesa de Ana Maria Holleben (PT) afirmou que ainda não conseguiu ouvir o depoimento da parlamentar, que está sob o efeito de medicamentos 

São Paulo – A vereadora de Ponta Grossa (PR) Ana Maria Holleben (PT) está presa em uma cela especial na 13ª Subdivisão Policial do município, desde ontem (3), acusada de tramar o próprio sequestro. Ela aguarda o pedido de habeas-corpus, que tramita durante a tarde de hoje (4) no Ministério Público e que deve ser respondido até o final do dia.

De acordo com os advogados da vereadora, ela está sob o efeito de fortes medicamentos, o que a impede de prestar seu depoimento. “Não podemos aceitar ou recusar a versão de que ela cometeu o próprio seqüestro até que ela tenha condições de falar”, afirmou o advogado Jorge Sebastião Filho.

A vereadora teria sido sequestrada na última terça-feira (1), quando se dirigia para a Câmara Municipal, para a eleição da presidência da Casa. Desde então um grupo especial da Polícia Civil iniciou uma operação de busca, finalizada na quarta-feira (2), com a liberação da vereadora. 

A polícia encontrou indícios de que ela teria forjado o próprio seqüestro e deu voz de prisão a Ana Maria ainda no hospital, acusado-a de formação de quadrilha, fraude processual e auto-sequestro. “Foi feita uma busca nas últimas ligações do celular dela e chegamos a duas pessoas que a ajudaram na ação. Elas confessaram que o crime havia sido combinado”, conta Celso Cilslak, superintendente do delegado responsável.

Sem o depoimento da vereadora, o motivo do suposto auto-sequestro ainda é desconhecido. “A princípio seria uma motivação política para influenciar na eleição da presidência da Câmara. Ela votaria com a oposição”, conta o superintendente. O grupo venceu a eleição, que ocorreu na tarde de ontem, e o vereador Aliel Machado (PCdoB) assumiu a presidência da Casa.

Machado chegou a afirmar em sua conta no Facebook que o sequestro teria motivo político, para evitar que a oposição ganhasse a eleição. Com a divulgação de que ela mesma teria cometido o crime, ele considerou a atitude “lastimável” e afirmou que irá investigar incansavelmente os motivos que levaram a vereadora a "trair o grupo e a tomar essa atitude".

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