quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Justiça de Minas autoriza expedição da certidão de óbito de Eliza Samúdio

 Julgamento de Bruno está marcado para março - José Patrício/AE

A Justiça também determinou a quebra do sigilo bancário de Bruno, que é réu no processo sobre a morte de Eliza, desaparecida desde 2010.

A Justiça de Minas Gerais autorizou a expedição da certidão de óbito de Eliza Samúdio, ex-amante do goleiro Bruno. O corpo dela nunca foi encontrado.

A Justiça também determinou a quebra do sigilo bancário de Bruno, que é réu no processo sobre a morte de Eliza, desaparecida desde 2010. O pedido de quebra de sigilo foi feito pelo promotor do caso, Henry Wagner, que pretende, agora, verificar se houve saques na conta de Bruno na época do crime. Esses saques, segundo o promotor, comprovariam o pagamento pela execução da jovem. O advogado de Bruno declarou que ainda não foi informado sobre a decisão.

Justiça de Minas quebra sigilo bancário do goleiro Bruno

 BELO HORIZONTE - A Justiça quebrou o sigilo bancário do goleiro Bruno Fernandes, acusado do sequestro e morte de sua ex-amante Eliza Samudio, de 24 anos. As informações podem servir para comprovar a ligação do atleta com o crime. Na mesma decisão, a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, presidente do Tribunal do Júri do Fórum de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, determinou a expedição do atestado de óbito da jovem, vista pela última vez em julho de 2010 e cujo corpo nunca foi encontrado.
 
A decisão atendeu a pedidos do Ministério Público Estadual (MPE) e da família de Eliza, que não era considerada oficialmente morta. Porém, o braço direito de Bruno, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, foi condenado por um júri popular em novembro passado a 12 anos de prisão pelo assassinato da jovem.

Para Marixa, apesar de a lei não prever a emissão da certidão de óbito, a decisão do júri pela condenação de Macarrão é soberana e suficiente para que a família possa obter o documento, necessário para, por exemplo, algum tipo de reparação cível ou para garantir direitos ao filho que ela teve com o goleiro. "Se já existe uma decisão que reconhece a morte da vítima, não faz sentido determinar que seus genitores ou seu herdeiro percorram a via crúcis de outro processo para obterem outra sentença judicial que declare a morte de Eliza Samudio", afirmou a magistrada.

A magistrada ainda vai analisar recurso que pede a anulação do julgamento apresentado por outra namorada de Bruno, Fernanda Gomes de Castro. Ela foi condenada no mesmo julgamento de Macarrão a cinco anos de prisão em regime aberto pelo sequestro e cárcere privado de Eliza. O MPE também recorreu da decisão, mas pede apenas a mudança para que a pena seja cumprida em regime fechado.

Bruno, o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, e a ex-mulher do goleiro, Dayane Rodrigues do Carmo, também deveriam ter sido julgados na ocasião, mas, após uma série de manobra dos advogados de defesa dos acusados, Marixa determinou o desmembramento do processo. Bola é acusado do assassinato e ocultação de cadáver de Eliza e Dayane, pelo sequestro e cárcere privado do filho da vítima com o goleiro. O julgamento deles está marcado para o início de março.

 http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/01/justica-de-minas-autoriza-expedicao-da-certidao-de-obito-de-eliza-samudio.html
 http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,justica-de-minas-quebra-sigilo-bancario-do-goleiro-bruno,984669,0.htm

 

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