Swartz ajudou a desenvolver a rede social Reddit e o Creative Commons.
O suicídio do ativista digital Aaron Swartz, 26,
encontrado enforcado em seu apartamento em Nova York (EUA) na última
sexta-feira, reacendeu o debate sobre a punição de crimes cometidos pela
internet. Swartz ajudou a desenvolver a rede social Reddit e o Creative
Commons -licença que libera conteúdos sem a cobrança de direitos por
parte dos autores e, aos 14 anos, participou da criação do RSS,
mecanismo que avisa sobre atualizações de sites.
Em 2011, a polícia descobriu que o ativista havia
acessado ilegalmente milhões de artigos acadêmicos da base de dados
JSTOR, que exige assinatura, por meio de um computador secretamente
instalado no MIT (Massachusetts Institute of Technology). Embora
alegasse que sua intenção não era lucrar com os artigos, mas colocá-los à
disposição grátis, Swartz foi processado e estava sujeito a até 35 anos
de prisão e multa de cerca de R$ 2,03 milhões.
O governo usou contra um gênio de 26 anos as mesmas
leis que aplica a quem assalta bancos pela internet, disse o
especialista Chris Soghoian, ressaltando que as leis dos EUA não
distinguem entre os dois tipos de crime. Em nota, a família do ativista
acusou a Justiça de ser repleta de intimidação e exagero por parte dos
acusadores. Hackers invadiram o site do MIT, responsável pela denúncia, e
acadêmicos homenagearam Swartz divulgando links para download gratuito
dos seus artigos.
http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/suicidio-de-jovem-de-26-anos-reabre-debate-sobre-ativismo-digital/
Nenhum comentário:
Postar um comentário