terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Secretaria de Saúde investiga faltas de médicos em hospitais do DF


 

A secretaria não soube explicar porque os médicos de plantão não apareceram para trabalhar, mas informou que abriu sindicâncias.





Antes mesmo de abrir a sindicância, a Secretaria de Saúde explicou que o caos, do último domingo, não foi por causa de um exame de residência, já que, ainda segundo a secretaria, apenas uma médica teria faltado ao plantão por causa da prova.

Agora, os outros médicos que não foram ao plantão vão ser investigados e podem ser punidos. Depois do caos durante o fim-de-semana, voltamos ao hospital onde não tinha médico. Em Ceilândia, a 30 quilômetros de Brasília, o paciente mal consegue caminhar. Nenhum funcionário apareceu para ajudar. 

A maca foi levada por um homem que também aguardava atendimento. “Desumana essa situação”, lamenta Tiago Silva, paciente.

“Tomara que eu seja atendido”, diz um homem.

Depois de oito horas de espera, Rosa Maria Sampaio ainda estava na fila. “Estou tentando vir todo dia. Nunca tem médico”, conta a faxineira.

No domingo, a direção do hospital admitiu: estava sem nenhum médico na clínica e na enfermaria do pronto socorro, durante todo o dia. Era um aviso para que os Bombeiros não levassem ninguém para lá.

O mesmo pedido foi feito pelos hospitais de Samambaia, de Santa Maria e pela Unidade de Pronto Atendimento do Recanto das Emas. O hospital de Brazlândia relatou o excesso de pacientes.

A Secretaria de Saúde não soube explicar porque os médicos escalados para o plantão não apareceram para trabalhar, e se negou a divulgar os nomes completos deles, mas informou que foram abertas sindicâncias.

O secretário anunciou também que será feita uma auditoria nos hospitais e centros de saúde do Distrito Federal para comprovar se tem médico descumprindo horário.

“A escala, em parte, pode ter alguma insuficiência, mas nos estamos com um lamentável numero significativo de faltas. Faltas essas nem sempre justificadas. Algumas justificadas, geralmente por licenças médicas, mas outras injustificadas. E nós tomaremos providências nesse sentido”, afirma Elias Miziara.

A reclamação é constante nos 16 hospitais públicos do Distrito Federal. “Isso é uma palhaçada. A gente quer médico aqui agora”, diz.

“Tem gente passando mal, morrendo. Eles só mandam aguardar. Aguardar o que, a morte”, questiona.
“É um descaso e um desrespeito com a população pequena. Se a gente não precisasse a gente não vinha”, ressalta Felicidade Costa, dona de casa.

A sindicância deve ser concluída em 15 dias. As penas podem ir de simples advertência até a exoneração do cargo.

http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2013/01/secretaria-de-saude-investiga-faltas-de-medicos-em-hospitais-do-df.html

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