sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Geração de emprego formal no Brasil em 2012 foi a menor em 3 anos


Criação de empregos formais em 2012 é a pior dos últimos três anos, aponta Caged.

O Brasil gerou no ano passado 1,3 milhões de novos empregos formais, número 33% inferior ao de 2011 (1,94 milhões) e o menor desde 2009 (1,29 milhões), informou nesta sexta-feira o Ministério do Trabalho.

As empresas brasileiras contrataram formalmente no ano passado 21,62 milhões de trabalhadores e despediram no mesmo período 20,32 milhões, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Além de ter sido o saldo mais baixo nos últimos três anos, o número de empregos formais gerados em 2012 foi quase a metade do recorde de 2010, quando o país criou 2,5 milhões de novas vagas registradas formalmente, ou seja protegidas por todas as garantias trabalhistas.

O ministro do Trabalho, Brizola Neto, afirmou em entrevista coletiva que em 2013 será retomado o ritmo de anos anteriores e serão gerados cerca de dois milhões de postos de trabalho.

"Com a proximidade dos grandes eventos internacionais esperamos mais crescimento dos serviços. A superação da crise internacional também deverá melhorar o desempenho da indústria", declarou Brizola Neto.

A redução do ritmo de geração de postos de trabalho foi atribuída à desaceleração da economia brasileira em 2012 como consequência da crise internacional.

Após ter registrado uma expansão de 7,5 % em 2010, o crescimento da economia brasileira foi de apenas 2,7% em 2011 e, segundo as últimas projeções, não deve superar 1% em 2012.

"Os dados demonstram uma continuidade do movimento de expansão do emprego formal no país, ainda que tenha ocorrido uma redução do ritmo de crescimento quando comparado aos anos anteriores", segundo um comunicado do Ministério do Trabalho.

Os cálculos oficiais indicam que a geração de 1,3 milhões de novos postos formais de trabalho em 2012 elevou o número de trabalhadores com contrato no Brasil em 3,43% em comparação com dezembro de 2011.

Os dados do Ministério assinalam que em sete dos oito setores analisados se registrou um número maior de contratações que de demissões no ano passado.

O único setor com saldo negativo na geração de emprego em 2012 foi o de serviços de Utilidade Pública, no qual o número despedidos superou o de contratados em 10.223 pessoas.

Os setores que mais geraram emprego no ano passado foram os de Serviços (666.160 postos formais), Comércio (372.368), Construção Civil (149.290), Indústria de Transformação (86.406), Extrativa Mineral (10.928) e Agricultura (4.976).

O aumento do emprego no ano passado permitiu que o Brasil registrasse em novembro uma taxa de desemprego de 4,9% da população ativa, a menor no ano e o índice mais baixo para um mês desde novembro de 2002.

A taxa de desemprego em novembro foi a segunda menor para um mês desde que o índice começou a ser medida com critérios mais rigorosos há uma década, apenas superada pelo 4,7% registrado em dezembro de 2011.

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