A babá Maria Aparecida Souza Lima, de 48 anos, de Petrolina, no Sertão de Pernambuco,
foi encontrada morta, com sinais de enforcamento e hematomas pelo
corpo, em um hotel na cidade de Faro, em Portugal. A morte aconteceu no
dia 4 de janeiro, mas a família da vítima diz que só ficou sabendo no
dia 16 e ainda não conseguiu autorizar o traslado do corpo. “Se
completar 30 dias, ela vai ser enterrada como indigente”, disse,
preocupada, a corretora Irene dos Santos, sobrinha de Maria Aparecida.
Maria Aparecida morava na cidade de Leiria há seis anos e trabalhava
como babá e empregada doméstica. Ela morava com outras duas amigas.
Segundo a família de Aparecida, a Polícia portuguesa suspeita que um
homem que se hospedou no hotel em Faro com ela cometeu o crime. Ainda de
acordo com a família de Aparecida, ele já foi identificado pela
polícia, mas não foi encontrado para prestar esclarecimentos. “A gente
sabe que a polícia esteve na casa da mãe dele e ela disse que ele era de
maior e respondia por si mesmo. Era um namoro recente, ela caiu na
lábia dele”, lamenta Irene.
“Ela nunca falou que tinha namorado. Era uma pessoa muito alegre, levava tudo na esportiva”, conta uma das amigas que morava em Portugal com ela, Nikassia Jordany.
“Ela nunca falou que tinha namorado. Era uma pessoa muito alegre, levava tudo na esportiva”, conta uma das amigas que morava em Portugal com ela, Nikassia Jordany.
Em Petrolina, Aparecida atuou por muitos anos como supervisora de uma
indústria de refrigerantes. Segundo Irene, decidiu morar em Portugal a
convite de uma amiga, pensando em melhorar na vida. “E ela conseguiu,
cresceu, estava tendo as coisinhas dela, estava legalizada, ia vir
passar o aniversário agora em fevereiro”, relata.
A luta agora é pra trazer para o Brasil o corpo de Aparecida, que está
no IML de Faro. “Procurei o consulado responsável em Faro e ele é que
está me dando um pouco de atenção. A gente não tem condições financeiras
de ir lá cuidar disso. O que conseguimos foi juntar os R$ 15 mil para
mandarem o corpo para o Recife, depois tem que arrumar a parte para
enviarem do Recife aqui para Petrolina. Mas para isso eles exigem
documentos, informações, certidão de óbito... E a polícia não está
liberando”, disse Irene.
Irene disse ainda que a família gostaria que o Itamaraty entrasse no
circuito para ajudar a trazer o corpo da tia de volta. “Que eles
tratassem a gente como gente, para ela ser enterrada junto com a mãe
aqui em Petrolina. Ela era uma pessoa muito querida, aqui e em
Petrolina”, disse.
http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2013/01/baba-brasileira-e-encontrada-morta-enforcada-em-hotel-de-portugal.html
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