Em 287 ações, 1.660 pessoas foram presas, sendo 102 servidores públicos. Segundo PF, 'não houve mudança de orientação no trato' aos funcionários.
A Polícia Federal
prendeu em operações realizadas em 2012 o menor número de servidores
públicos desde 2003. De acordo com estatísticas disponíveis no site do
órgão, as 287 ações deflagradas até o dia 20 de dezembro deste ano
resultaram na prisão de 1.660 pessoas, das quais 102 (6,1%) eram
funcionários públicos.
Em 2003, primeiro ano de mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
122 servidores foram presos em 16 operações. O ano com maior número de
prisões de funcionários públicos pela PF foi 2008 – 396 em 235
operações. Não há dados com o número de prisões em governos anteriores (veja tabela abaixo).
Questionada pelo G1 sobre a queda no número de
prisões, a Polícia Federal afirmou por e-mail que "não houve mudança de
orientação da PF no trato aos servidores", mas que a Lei 12.403, que
passou a vigorar em julho de 2011, "alterou dispositivos referentes à
prisão processual, fiança e liberdade provisória [...] e que, em razão
dessa alteração, a prisão preventiva passou a ser determinada pela
Justiça em casos mais raros, de notável utilização de violência, se o
investigado já tiver sido condenado, grande probabilidade de fuga do
investigado, ou ainda alta possibilidade de que o investigado atrapalhe
as investigações".
O número total de presos em operações da Polícia Federal em 2012 –
somados servidores públicos e outros profissionais – é 1.660, o menor
registrado desde 2005, quando 1.407 pessoas foram presas. Em 2011, foram
registradas 2.089 prisões. O ano com mais presos em ações da PF nos
últimos dez anos foi 2007 (2.876).
Questionada se a greve que durou cerca de 70 dias no segundo semestre
do ano prejudicou a execução das operações, a Polícia Federal afirmou
que 2012 é o segundo ano com maior número de operações, atrás apenas de
2009 – 287 contra 288, respectivamente.
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