Ela se apresenta como "marido" e sofre de transtorno bipolar
A mulher que se diz “marido” de Dilma Rousseff (PT), Edmeire Celestino da Silva, de 29 anos, chegou ao Planalto Central para "casar" com a presidente. A jovem se apresenta como "marido" de Dilma, mas diz que vai desistir do casamento se não for recebida.
Em entrevista ao R7DF, a mãe da moça, Neusa Ferreira da Silva, de 59 anos, contou que Edmeire trabalhou na campanha política de um candidato a vereador de Campinas (SP) para comprar passagem de ônibus paraBrasília. Quando chegou na capital federal, a jovem tentou invadir o Palácio do Planalto e precisou ser contida pelos seguranças.
— Aqui no bairro todo mundo gosta dela, dizem que se depender do esforço da Meire, o candidato vai ser eleito facilmente.
No entanto, a jovem sofre de distúrbios psicológicos. Diagnosticada
com transtorno bipolar, ela sofre crises de euforia quando não toma a
medicação e isso a faz largar tudo para viver a paixão com a
presidente.
Edmeire também é empresária e trabalha em uma banca de lanches que
pertence a ela, localizada na região sul do município [Campinas-SP].
Foi lá [na banca de lanches] que ela conheceu o candidato com quem
trabalhou na campanha eleitoral e, como passou a dedicar praticamente
todo o tempo à política, o negócio passou a ser gerenciado pela mãe.
Nesta época [trabalhando para a política] Edmeire retomou a obsessão
pela presidente. Depois de decidir que não iria mais tomar os remédios,
a jovem entrou em profundo estado de euforia ao observar uma foto de
Dilma ao lado de um candidato a prefeito da cidade e, por conta disso,
decidiu procurá-la em Brasília.
Eleições de 2010
O trabalho junto à campanha do vereador não foi a primeira vez que
Edmeire engajou na vida política. A mãe da jovem contou que em 2010 a
filha trabalhou voluntariamente na campanha de Dilma, que até então era
somente uma candidata à Presidência da República.
— Ela ia ao comitê, pegava o material de campanha e saía
distribuindo. A moto dela, a nossa casa, o portão, tudo ficou coberto
de adesivos da Dilma. Os carros passavam e ela colava neles também. Fez
uma campanha bonita.
Degolando pombos para chamar atenção de Dilma
Um vídeo produzido pelo presidente da ONG U.P.A. (União de Proteção de
Animais), Cesar Rocha, em Campinas (SP) flagra o momento em que Edmeire
Celestino da Silva, de 29 anos, caminha pela Praça Carlos Gomes, onde teria degolado pombos. Minutos depois, a polícia chega e a jovem é detida.
As imagens mostram ainda o depoimento de uma testemunha que diz ter
visto Edmeire beber o sangue dos pássaros após ter matado os animais. A
polícia foi chamada e levou a jovem para a delegacia, onde ela teria
dito que cometeu o crime ambiental para chamar atenção da presidente.
511 quilômetros em cima de uma moto
Três dias antes do segundo turno das eleições de 2010, a jovem que se diz “marido” da presidente Dilma Rousseff, pegou a moto e percorreu 511 quilômetros, de Campinas (SP) até o Rio de Janeiro, para tentar encontrar a então candidata do PT à Presidência da República.
A mãe da moça afirmou que na época a filha passou seis dias na
capital fluminense, mas não conseguiu encontrar com Dilma. Durante a
busca, teria sido agredida por policiais da cidade após dizer que era
"marido" da candidata.
— Bateram muito nela lá, a polícia a pegou, e machucaram muito a minha filha.
Ferida, Edmeire recebeu ajuda de uma assistente social que a
encontrou na rodoviária e entrou em contato com Neusa, que se dispôs a
comprar a passagem de volta para a filha. Sem documento de identidade, a
moça teve dificuldade de embarcar.
— Aí a assistente social falou com o motorista, que aceitou que ela
viajasse, caso eu a buscasse na rodoviária, porque ela estava muito
machucada.
Ao chegar a Campinas, Edmeire ficou 40 dias internada no hospital da
Unicamp (Universidade de Campinas) e foi diagnosticada com transtorno
bipolar, doença q
ue causa grandes variações de humor, com fases alternadas de tranquilidade, euforia e depressão
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