quarta-feira, 17 de junho de 2015

PlayStation 4 será fabricado no Brasil, anuncia Sony na E3 2015

 Anderson Gracias, country manager de PlayStation no Brasil, anunciou fabricação nacional do PS4 (Foto: Bruno Araujo/G1)

Primeiros consoles brasileiros chegam às lojas do país em outubro. Sony não informou de quanto será a redução no preço do PS4 no Brasil

O PlayStation 4 enfim será fabricado no Brasil, anunciou a Sony em uma apresentação direcionada à América Latina na E3 2015, em Los Angeles (EUA), nesta terça-feira (16).

Segundo Anderson Gracias, country head de PlayStation no Brasil, os primeiros PS4 nacionais chegam às lojas em outubro. A Sony, no entanto, não informou de quanto será a redução no preço do console no país.
Desde quando foi lançado, em novembro de 2013, o PlayStation 4 vendido no Brasil é o mais caro do mundo: R$ 4 mil, o equivalente na cotação de terça (16) a quase US$ 1,3 mil. Nos EUA, ele custa US$ 400.

A medida com certeza irá ajudar a Sony a encarar de maneira mais competitiva, no mercado oficial, a rival Microsoft, que vende desde novembro de 2013 o Xbox One fabricado no Brasil.

Caminho para vitória
Yoshinori Ono, diretor de "Street Fighter V", apareceu no evento da Sony para dar uma notícia interessante ao público brasileiro. Fantasiado de Blanka, Ono anunciou que a Brasil Game Show 2015 será neste ano o palco da etapa brasileira da Capcom Pro Tour, liga mundial oficial do game de luta.

No ano passado, a BGS também hospedou uma regional do torneio, com a diferença que ela só valia pontos para um ranking. Agora, a etapa brasileira irá classificar seu campeão imediatamente para a final da Capcom Pro Tour, também conhecida como Capcom Cup.

Em 2014, Eric Moreira, o "ChuChu", venceu a fase da Capcom Pro Tour na BGS e conseguiu por pontos representar o Brasil na Capcom Cup, realizada em San Francisco (EUA).

 http://g1.globo.com/tecnologia/games/e3/2015/noticia/2015/06/playstation-4-sera-fabricado-no-brasil-anuncia-sony-na-e3-2015.html

Dilma sanciona lei que altera regras do seguro-desemprego com vetos

Regra mais rígida foi proposta pelo governo e aprovada pelo Congresso. Com alterações, que fazem parte do ajuste fiscal, governo gastará menos.

 A presidente Dilma Rousseff sancionou a lei 13.134, que altera as normas de acesso ao seguro-desemprego, tornando-as mais rígidas. A sanção foi publicada nesta quarta-feira (17), no "Diário Oficial da União",

As novas regras foram propostas pelo governo federal, por meio de Medida Provisória, e aprovadas pelo Congresso Nacional. Com alterações, que fazem parte do ajuste fiscal, governo gastará menos com o pagamento do seguro-desemprego.
 
Foi vetada pela presidente, porém, a regra que endurecia o acesso ao abono salarial. A norma, proposta inicialmente pelo governo e aprovada pelo Congresso, exigia que, para terem direito ao abono salarial, os trabalhadores tivessem exercido atividade remunerada por, pelo menos, 90 dias no ano-base, e recebessem até dois salários mínimos médios de remuneração mensal noperíodo trabalhado.

Com isso, permanece em vigência a regra anterior, na qual o abono é pago para quem trabalhar por pelo menos 30 dias.

"A adoção do veto decorre de acordo realizado durante a tramitação da medida no Senado Federal, o que deixará a questão para ser analisada pelo Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e de Previdência Social, criado pelo Decreto no 8.443, de 30 de abril de 2015", justificou o governo.

Ajuste fiscal
Juntamente com a alteração das regras de acesso aos benefícios previdenciários, como pensão por morte, as mudanças no seguro-desemprego e no abono salarial fazem parte do processo de ajuste das contas públicas. O governo espera gastar menos recursos com o pagamento destes benefícios.

Inicialmente, a estimativa era que a limitação nos benefíicios poderia gerar uma economia nos gastos obrigatórios de R$ 18 bilhões por ano. Com as mudanças, fruto de acordo com o governo federal no Congresso, a economia será menor: de R$ 14,5 bilhões a R$ 15 bilhões por ano, segundo cálculos divulgados pelo Ministério do Planejamento em maio.
 
Veto sobre o trabalhador rural
A presidente da República também decidiu vetar o artigo quarto, que dizia que teria direito ao seguro-desemprego o trabalhador rural desempregado dispensado sem justa causa que comprovasse ter recebido salários de pessoa jurídica ou de pessoa física, a ela equiparada, relativos a cada um dos seis meses imediatamente anteriores à data de dispensa; ou ter sido empregado de pessoa jurídica ou de pessoa física a ela equiparada, durante pelo menos 15 meses nos últimos 24 meses; entre outras regras.

"A medida resultaria em critérios diferenciados, inclusive mais restritivos, para a percepção do benefício do seguro-desemprego pelo trabalhador rural, resultando em quebra da isonomia em relação ao trabalhador urbano. Além disso, a proposta não traz parâmetros acerca dos valores e do número de parcelas a serem pagas, o que inviabilizaria sua execução", informou o governo.

Seguro-desemprego
Com a publicação da nova lei, o trabalhador terá direito ao seguro-desemprego se tiver trabalhado por pelo menos 12 meses nos últimos 18 meses. O prazo inicial proposto pelo governo era de 18 meses de trabalho para poder ter acesso ao benefício. Antes da vigência da Medida Provisória, no fim de fevereiro, o trabalhador precisava de apenas seis meses.

Para poder pedir o benefício pela segunda vez, a lei estipula que o trabalhador tenha nove meses de atividade nos últimos doze meses. Antes, esse prazo exigido era de seis meses de trabalho, e o governo queria ampliar, inicialmente, para 12 meses. A proposta mantém a regra prevista na MP (seis meses) se o trabalhador requisitar o benefício pela terceira vez.

Abono salarial
O abono salarial equivale a um salário mínimo vigente e é pago anualmente aos trabalhadores que recebem remuneração mensal de até dois salários mínimos. Atualmente o dinheiro é pago a quem tenha exercido atividade remunerada por, no mínimo, 30 dias consecutivos ou não, no ano. Essa regra permanecerá.

Seguro-defeso
Para o seguro-defeso, pago ao pescador durante o período em que a pesca é proibida, foi mantida a regra vigente antes da edição da medida provisória – o pescador necessita ter ao menos um ano de registro na categoria. A intenção do governo era aumentar essa exigência para três anos.

Pagamento retroativo
O Ministério do Trabalho informou ao G1 nesta terça-feira (16) que o governo federal estuda pagar parcelas retroativas do seguro-desemprego a parte dos trabalhadores que tiveram o benefício negado durante a vigência da medida provisória 665, que alterou as regras de acesso ao auxílio trabalhista.

O texto original da MP 665, editado pelo Executivo federal em 30 de dezembro, com aplicação a partir do fim de fevereiro, exigia ao menos 18 meses de atividade  para que o trabalhador pudesse solicitar o seguro-desemprego.

Em meio à tramitação do texto na Câmara, os deputados alteraram a proposta do Executivo, reduzindo para 12 meses o prazo mínimo de atividade para solicitar o seguro-desemprego. A mudança foi avalizada posteriormente pelos senadores. Dessa forma, um trabalhador que, por exemplo, esteve empregado por 13 meses e pediu o benefício nos últimos meses, teve a solicitação negada pelo governo.

O órgão avalia, segundo informou a assessoria, a possibilidade de trabalhadores que tiveram o pedido negado encaminharem novamente a solicitação. O governo não informou quantos brasileiros fazem parte do grupo que poderia fazer um novo pedido de acesso ao benefício.

 http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/06/dilma-sanciona-lei-que-altera-regras-do-seguro-desemprego-com-vetos.html

Homem cuida de mulher em estado vegetativo há sete anos: "só quero o amor dela"


 Há sete anos, o radialista Adílio Bezerra se dedica a cuidar
da mulher depois de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) que a deixou em estado
vegetativo. Ele monitora os remédios, banho e cuida para que ela se sinta
confortável mesmo acamada. Juntos desde 1986, a história dos dois já ganhou o
mundo e tem levado milhares de pessoas a acreditar em um amor verdadeiro na
alegria e na tristeza. Em entrevista ao R7, Adílio conta que Glaucia Bezerra
passou mal em casa no dia 18 de setembro de 2007. 

— Ela acordou no meio da noite passando mal. Foi para o
hospital e só saiu cinco anos depois, em estado vegetativo. O mundo anda tão
duro, tão difícil, que o fato de saberem que eu dedico o meu tempo a cuidar
dela impressiona. Mas eu digo que é minha obrigação. Porque nosso amor é
verdadeiro 

Glaucia Bezerra foi vítima de um AVC; história de amor começou na Paraíba, em 1986 

Há sete anos, o radialista Adílio Bezerra se dedica a cuidar da mulher depois de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) que a deixou em estado vegetativo. Ele monitora os remédios, banho e cuida para que ela se sinta confortável mesmo acamada. Juntos desde 1986, a história dos dois já ganhou o mundo e tem levado milhares de pessoas a acreditar em um amor verdadeiro na alegria e na tristeza. Em entrevista ao R7, Adílio conta que Glaucia Bezerra passou mal em casa no dia 18 de setembro de 2007.

— Ela acordou no meio da noite passando mal. Foi para o hospital e só saiu cinco anos depois, em estado vegetativo. O mundo anda tão duro, tão difícil, que o fato de saberem que eu dedico o meu tempo a cuidar dela impressiona. Mas eu digo que é minha obrigação. Porque nosso amor é verdadeiro.

  http://noticias.r7.com/cidades/fotos/homem-cuida-de-mulher-em-estado-vegetativo-ha-sete-anos-so-quero-o-amor-dela-17062015#!/foto/1


Proposta para nova aposentadoria ajuda trabalhador agora, mas prejudica filhos e netos

Presidente decide hoje se veta ou aprova medida que flexibiliza o fator previdenciário.

No caso de veto da presidente, governo deve propor uma nova alternativa para o cálculo da aposentadoria
 
A presidente Dilma Rousseff tem até a meia-noite desta quarta-feira (17) para decidir pela aprovação ou veto da medida provisória que sugere uma alternativa à forma utilizada para calcular a aposentadoria do trabalhador brasileiro. A proposta — chamada de fórmula 85/95 — faz parte da MP 664, que trata do ajuste fiscal do governo.

Caso seja confirmada, a nova fórmula beneficia o trabalhador agora, mas tende a deixar uma herança amarga a quem vai levar mais alguns anos para ter direito ao benefício do governo, caso dos nossos filhos e netos.

Atualmente, o cálculo da aposentadoria é feito por meio do fator previdenciário, fórmula criada pelo governo para encurtar o valor dos benefícios de quem decide deixar de trabalhar mais cedo. Ao mesmo tempo, mira incentivar o trabalhador a ficar mais tempo na ativa a fim de ter uma aposentadoria mais gorda.

A nova medida aprovada pelo Congresso, intitulada 85/95, prevê que os trabalhadores consigam encerrar suas atividades e receber a aposentadoria em valor integral após a soma de idade e tempo de contribuição seja igual ou maior do que 95 anos, no caso dos homens, e, de 85 para as mulheres.

De acordo com o professor de finanças da FEA (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade) da USP (Universidade de São Paulo) José Roberto Savoia, não se pode manter a medida da forma como ela passou pelo Congresso. Ele afirma que, na situação como o texto foi apresentado, a única maneira para reverter o caso será com “duras” reformas na Previdência.

— Caso a proposta venha a se manter, nós teremos, no futuro, um agravamento de impostos para as pessoas que estarão no mercado de trabalho. Eles terão que pagar um valor de tributos desproporcional ao que é pago hoje.
 
Em reunião com as centrais sindicais na tarde da última segunda-feira (15), o ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, afirmou que, se a nova fórmula para calcular a aposentadoria entre em vigor, causará um rombo nas contas da Previdência.

Na avaliação de Gabas, o aumento expectativa de vida dos brasileiros faria com que em 45 anos o País seja formado por muitos aposentados e poucos contribuintes. Com isso, o ministro calcula que os gastos até 2060 ficariam em torno de R$ 3 trilhões.

A advogada tributarista Maria Faiock comenta que “estão querendo mexer no resultado sem modificar a equação”. Ela diz que seria necessário mudar, além do cálculo da aposentadoria, as regras trabalhistas, a carga tributária e a formação profissional para ter um resultado melhor.

Segundo Faiock, a fórmula 85/95 vai ser benéfica apenas para aqueles que começaram a trabalhar jovens e terão, consequentemente, mais tempo de contribuição no momento em que a regra entrar em vigor.

— Para as outras pessoas, que começaram mais tarde na vida profissional, isso via virar como se fosse uma aposentadoria por idade e muitos vão acabar se aposentado bem mais velhos. E vai ainda prejudicar, principalmente, quem está entrando no mercado de trabalho hoje.

O diretor do IEPREV (Instituto de Estudos Previdenciários), Pedro Saglioni de Faria Fonseca, avalia que o fator previdenciário na forma atual é, geralmente, desfavorável para a pessoa que começa a trabalhar muito cedo e tem condições de receber o benefício do governo muito nova.

— Não tem como dizer como vai ser para quem está ingressando agora no mercado de trabalho, porque não é possível prever como serão as regras de cálculo no futuro. Mas, [caso a medida seja aprovada], sem sombra de dúvidas, no mês que vem pode ser muito mais benéfica para a mesma pessoa que tem condições de se aposentar hoje.

Dilma decide nesta quarta se aprova novo cálculo da aposentadoria REUTERS/Ueslei Marcelino
 
Alternativa
Caso a proposta seja barrada por Dilma, o texto volta ao Congresso, que tem o poder de derrubar o veto. Em meio à discussão, a expectativa é de que o governo apresente uma forma alternativa como solução para flexibilizar o fator previdenciário.

Para Savoia, uma medida interessante para a fórmula 85/95 seria estabelecer que a base de cálculo aumente de acordo com a expectativa de vida da população do País.

— Em qualquer saída que a gente tenha com uma forma dessa natureza é preciso prever na Constituição que essa fórmula venha a ser ajustada de tempos em tempos, no máximo em cada cinco anos.

Outra alternativa proposta pelo professor seria estabelecer uma idade mínima, realizada já presente em diversos países da América Latina e no mundo desenvolvido.

A presidente do IAPE (Instituto dos Advogados Previdenciários), Luciana Farias de Morais, acredita que qualquer que seja a nova fórmula aprovada, ela não deve excluir os direitos dos profissionais que já convivem com o atual cenário.

— A gente tem que respeitar as regras do jogo e as expectativas de direito da pessoa, sem prejudicar o trabalhador que espera de aposentar em determinada data, com determinada regra.

 http://noticias.r7.com/economia/proposta-para-nova-aposentadoria-ajuda-trabalhador-agora-mas-prejudica-filhos-e-netos-17062015

Ações na Justiça devem aumentar após PEC das Domésticas, dizem juristas

Para especialistas, lei traz avanços para os profissionais, mas cotidiano das relações deve suscitar dúvidas e problemas

Congresso levou mais de dois anos para regulamentar a PEC das Domésticas
Valter Campanato/Agência Brasil
Congresso levou mais de dois anos para regulamentar a PEC das Domésticas
A Proposta de Emenda Parlamentar número 66, popularmente chamada de PEC das Domésticas, foi regulamentada depois de dois anos de sua publicação, em 2012, mas as polêmicas devem continuar. Segundo especialistas em relações de trabalho, é provável que haja uma judicialização no médio prazo. 

Entre as principais mudanças estipuladas pela PEC estão indenização em demissões sem justa causa, pagamento de horas extras, conta no FGTS e a alíquota de recolhimento do INSS.

Hoje no Brasil, menos de 28% dos empregados domésticos são contratados com registro em carteira. Segundo dados da PNAD 2013, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 6,4 milhões desses trabalhadores (92,6%) são mulheres.

Para Fabíola Ferrari, advogada do Sindicato das Empregadas e Trabalhadores Domésticos da Grande São Paulo (SINDoméstica-SP), a PEC representa um grande avanço, mas a batalha agora é contra a desinformação. “O empregado doméstico é uma categoria que vem conquistando direitos a conta-gotas. Tem gente que trabalha 30 anos numa mesma casa e sai com uma mão na frente e outra atrás. Ao passo que outros profissionais gozam de diversos benefícios, se aposentam e têm renda. A aprovação da PEC acaba com essa injustiça ao formalizar e profissionalizar a função tão desrespeitada há décadas.”

O professor de Direito do Trabalho da Universidade de São Paulo (USP), Estêvão Mallet, acredita, no entanto, que não será fácil assegurar a eficácia da legislação aprovada. “Trata-se de uma profissão difícil de fiscalizar, de controlar as horas trabalhadas e isso, com certeza, levará a um aumento da judicialização", afirma.

Para Mallet, a lei também tem alguns excessos, como a exigência de controle de ponto – não o pagamento de hora extra, que ele considera um avanço – , e a exigência de pagamento antecipado de multa de 40% por dispensa injustificada. "Isso onera o contratante diferente de uma empresa, por exemplo, que só paga depois da demissão."

O professor também critica a redução do pagamento do INSS. Antes, o pagamento integral de INSS do empregador era de 12%; com a lei, passa para 8%, como forma de diminuir os encargos. "Quem vai pagar é a sociedade; não acho justo.”

Mesmo com esses pontos considerados negativos, o professor vê a nova legislação como um avanço. “É muito importante que se reconheça os direitos fundamentais da empregada. Além disso, tratar da profissionalização melhora a rotina de trabalho."

Daniela Goldenstein, advogada especialista em direito do trabalho, também acredita que haverá aumento dos processos jurídicos. "Em três, quatro anos, teremos um efeito rebote, pois a pessoa física vai ser nocauteada com as atribuições jurídicas impostas. Não sou contra a regularização e formalização, mas ficou faltando pontos importantes. O poder judicário tem um problema: o Legislativo não sabe fazer lei, é pouco qualificado."

Fabíola Marques, presidente da Comissão de Estudos de Direito Processual do Trabalho do Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP) acredita no aumento da judicialização ao passo em que os direitos se tornem mais conhecidos. "Na prática, isso vai dar muita confusão no começo. Tenho visto a tendência da pessoa física, no caso o contratante, procurar os serviços de um contador. É um problema, porque ele não é formado em direito, sabe os meandros tributários, mas não conhece a parte jurídica." 

Uma boa ajuda deve vir do Simples Doméstico – forma de recolhimento dos encargos para o trabalhadores domésticos, que será utilizado pelo empregador e deverá ser finalizado pelo governo em até 120 dias a contar da data de publicação da PEC, ocorrida em 2 de junho. "Espero que seja realmente simples. Valores de impostos e encargos já aumentaram consideravelmente. A maior parte dos empregadores que não descontava o INSS, agora vai descontar do empregado. Tem muita coisa ainda por acontecer", avalia Fabíola Marques.

Um ponto importante para a advogada e para o SINDoméstica-SP é em relação à representatividade. "Vai demorar um certo tempo para que os sindicatos se organizem, mas a representatividade é um ganho para categoria, deve ampliar e efetivar os diretos", afirma Fabíola Ferrari.

Babás 
Um dos pontos controversos é se uma babá ou empregada doméstica terá de registrar a pessoa que cuida de seus filhos enquanto está cuidando das crianças da patroa ou patrão. “Como a lei vale para todos, terá de registrar e pagar os encargos, horas extras, mas apenas se o trabalho for executado dentro da casa do contratante, como define a lei”, explica Fabíola Ferrari, do SINDoméstica-SP.  Isso significa que se a empregada doméstica leva os filhos para que fiquem na casa da vizinha, o trabalho da vizinha não é considerado como trabalho doméstico."

A lei complementar 150 define o empregado doméstico como pessoa ou família que presta serviço no âmbito residencial dessa família. “Ou seja, tem de trabalhar dentro da casa de outra pessoa para se estabelecer a relação doméstica. Nesse caso, a PEC das Domésticas não se encaixa a essa relação da babá ou vizinha que leva o filho da empregada doméstica para sua própria casa. Nesse caso, como há uma prestação de serviço, pode haver complicações na esfera civil, mas não é emprego doméstico.”

O professor Mallet lembra outro ponto: só existe trabalho doméstico se for realizado pelo menos três vezes por semana. Antes era o Tribunal Superior de Justiça que julgava esses casos para estabelecer vínculo, agora é a lei. “Também são considerados domésticos locais equiparados a casas, como sítio ou carro. Por esse motivo, motoristas e caseiros se encaixam, por exemplo", afirma Mallet.

A advogada do sindicato das domésticas lembra ainda que PEC avançou no sentido de fazer um contrato parcial, para jornadas de trabalho menores, ou de meio período. “Assim, todo profissional doméstico ganhou a possibilidade de trabalhar menos horas, desde que tenha sido feito um acordo. Então o salário, recolhimentos e encargos ficam menores. Paga-se proporcional. O que falta muitas vezes é informação.”

 http://economia.ig.com.br/2015-06-17/acoes-na-justica-devem-aumentar-apos-pec-das-domesticas-dizem-juristas.html

TCU julga nesta quarta as contas do governo Dilma

Suspeita é que em 2014 o dinheiro de bancos públicos tenha sido desviado para programas sociais, as chamadas "pedaladas fiscais"

O Tribunal de Contas da União (TCU)  julga nesta quarta-feira (17) as contas do governo da presidente Dilma Rousseff, relativas ao ano de 2014.

O governo teria escondido dívidas estimadas em mais de R$ 256 bilhões, entre elas antecipações de pagamentos de bancos públicos para programas sociais, as chamadas "pedaladas fiscais".

Outro ponto a ser analisado é que o governo sabia que despesas que não poderiam ser cortadas seriam maiores do que estava no orçamento e, mesmo assim, não fez cortes em gastos não obrigatórios, como manda a lei.

O governo nega qualquer manobra na prestação de contas.
 http://minasgerais.ig.com.br/?url_layer=2015-06-17/11056057.html