terça-feira, 2 de junho de 2015

80% das crianças vencem o câncer e mortalidade cai pela metade, aponta estudo

A melhora na taxa de mortalidade se deve, em parte, pelas mudanças dos tratamentos que têm reduzido efeitos tardios de terapias pediátricas anticâncer, esclarecem autores

Até nas crianças o câncer, atualmente, pode ser bem tratado: 80% delas sobrevivem. Mas não para por aí: as terapias estão melhores para combater notavelmente a taxa de mortalidade ligada a complicações de saúde nos anos seguintes. A mortalidade, de fato, caiu praticamente pela metade, passando de 12,4% nas crianças com diagnóstico de câncer nos anos 70 para 6% para aqueles que foram diagnosticados nos anos 90.

A boa notícia foi anunciada neste ano no congresso de oncologia da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco) e se baseia nos dados de um grande estudo chamado Childhood Cancer Survivor Study, financiado pelo Instituto Nacional de Saúde, que analisou histórias de 34 mil crianças com tumor, validando os efeitos a longo prazo das terapias nas crianças que, entre 1970 e 1999, foram diagnosticadas com câncer aos cinco anos de idade e sobreviveram.  

Participaram do estudo 31 hospitais canadenses e americanos. E os resultados são mais do que encorajadores: entre as crianças monitoradas, todas as causas de mortalidade em 15 anos a partir do diagnóstico caíram de 12,4% para 6%. 

Essa melhora notável, explicam os autores do estudo, é devido, em parte, às mudanças dos tratamentos que têm reduzido o risco de morte ligados aos efeitos tardios das terapias pediátricas anticâncer, como as recitivas e problemas cardíacos e pulmonares. O grande desenvolvimento das técnicas de rastreamento e de diagnóstico também tem um papel importante.

"Há 50 anos, só uma criança entre cinco sobrevivia a um câncer, mas, hoje, mais de 80% das crianças continuam vivas cinco anos depois do diagnóstico", afirmou o condutor do estudo, Gregory Armstrong, do S. Jude Children's Research Hospital. "Hoje, pelo contrário, não só mais crianças sobrevivem a um tumor primário, mas também somos capazes de estender a expectativa de vida reduzindo, nos últimos anos, a toxicidade total dos tratamentos". 

Estudos anteriores mostraram que 18% das crianças sobreviventes morreram no espaço de 30 anos.
As crianças que participaram do novo estudo foram acompanhadas por 21 anos depois do diagnóstico: 3.958 (12%) morreram durante este período (principalmente por causa dos efeitos colaterais da quimioterapia). Entre essas que foram diagnosticados com câncer em 1970, 12,4% morreram entre 15 anos do diagnóstico, contra 6% daquelas que descobriram o câncer em 1990.

Os pequenos sobreviventes que foram diagnosticados com câncer nos anos mais recentes têm um risco estatisticamente ainda mais baixo de morrer por causas ligadas a muitas doenças, que são reflexo das terapias que foram feitas.

"Por décadas, combatemos o paradoxo de que as crianças sobrevivem ao câncer só para ficarem doentes ou morrer anos depois, por causa dos tratamentos recebidos. Agora, esperamos que os dados positivos atuais se confirmem, ao lado do contínuo progresso das terapias". 

http://saude.ig.com.br/alimentacao-bemestar/2015-06-02/80-das-criancas-vencem-o-cancer-e-mortalidade-cai-pela-metade-aponta-estudo.html

Micropigmentação capilar pode ser solução para os carecas

Efeito de cabelo raspado é conseguido por meio da aplicação de pigmentos no couro cabeludo; saiba mais sobre a técnica

Pode não parecer, mas muitos homens sofrem pressão para se encaixar nos padrões de beleza e, quando não conseguem, têm a autoestima e a confiança afetadas. Uma cabeleira bem cuidada está entre os predicados mais valorizados pela sociedade, e alcançar isso fica cada vez mais difícil, já que um a cada dez homens com idades entre 20 e 30 anos começam a apresentar a temida calvíce. E é aí que começa a maratona de tratamentos para impedir a queda dos fios, uma luta que muitas vezes acaba em muito dinheiro gasto e zero resultado.
Micropigmentação capilar é a aplicação de pigmentos na pele do couro cabeludo, reproduzindo a aparência natural dos folículos capilares
Divulgação
Micropigmentação capilar é a aplicação de pigmentos na pele do couro cabeludo, reproduzindo a aparência natural dos folículos capilares
Para Edvaldo Zumba, a experiência de perder os cabelos aos 27 anos foi terrível. Ele então correu atrás de shampoos antiqueda, vitaminas, remédios manipulados e chegou até a fazer um tratamento a laser para estimular o crescimento dos fios. O resultado, no entanto, ou não parecia natural ou era nulo.
"Quem nunca passou por isso não consegue nem imaginar o tamanho da dor que eu sentia. Eu parei de tirar foto, de ir a eventos, parei de me relacionar com as pessoas, simplesmente porque não gostava da minha aparência", desabafa.
 
Edvaldo Zumba antes de fazer o procedimentoEdvaldo Zumba antes de fazer o procedimento
Para disfarçar a calvice, ele usava boné. "Sofria muitas provocações e me sentia terrível, porque não tinha nada que eu podia fazer para solucionar o problema. Além disso, as pessoas que estavam ao meu lado faziam brincadeiras em vez de tentar entender o problema."

Já que nenhum tratamento para reverter o quadro funcionou - e ele também não queria implantar ou usar prótese capilar -, Edvaldo buscou uma alternativa bem diferente: a micropigmentação capilar.
De acordo com Wesley Teixeira, representante da SKALP, empresa que faz a micropigmentação no Brasil, o procedimento é aplicação de pigmentos na pele do couro cabeludo, reproduzindo a aparência natural dos folículos capilares.

"Quando um pelo ou cabelo começa a nascer, em sua primeira fase ele é um ponto, geralmente com uma variação em tonalidade do preto ao branco. A micropigmentação reproduz esse ponto dando a impressão de que se trata de um pelo ou cabelo que está em sua fase de crescimento", comenta Teixeira.
O processo é diferente que o de uma tatuagem convencional
O processo é diferente que o de uma tatuagem convencional
O processo, no entanto, é bem diferente que o de uma tatuagem convencional, principalmente porque o pigmento é aplicado na pele em uma profundidade maior, além das agulhas, que também são diferentes, específicas para deixarem apenas pequenos pontos na pele, e não linhas e desenhos, como na tattoo.

A micropigmentação capilar, segundo Teixeira, é indicada para pessoas em qualquer estágio de calvície para disfarçar e reproduzir a aparência dos folículos naturais. O resultado é uma aparência de cabelo raspado bem rente à cabeça.

Vale lembrar que a calvície não é considerada uma doença, mas as consequências psicológicas são capazes desencadear problemas sérios, como depressão. Entre as causas mais comuns da queda de cabelo estão o estresse, alterações hormonais, herança genética, uso de antidrepessivos, tabagismo, uso de produtos químicos aplicados diretos no cabelo e envelhecimento natural.
Edvaldo Zumba mostra o resultado depois de fazer o procedimento
Edvaldo Zumba mostra o resultado depois de fazer o procedimento
"Estou me sentindo muito bem com o resultado. Meus amigos dizem que meu humor melhorou, brincam que não paro de olhar no espelho e que qualquer foto que tenha oportunidade eu estou lá aparecendo", brinca Edvaldo, que conta que o processo não é tão dolorido. Ele avalia que, em uma escala de zero a dez, o grau de dor é entre três e quatro. 

Cada sessão para a aplicação da pigmentação demora entre duas e três horas, e o valor do pacote com três sessões pode variar entre R$ 5 mil e R$ 9 mil. No entanto, é preciso fazer sessões de retoque a cada dois ou três anos, dependendo da absorção dos pigmentos por cada tipo de pele e dos cuidados que a pessoa tem, como o uso de protetor solar.
 
 http://deles.ig.com.br/estilo/2015-06-02/micropigmentacao-capilar-pode-ser-solucao-para-os-carecas.html
 

Dilma buscará apoio de Alckmin contra redução da maioridade

A presidente Dilma Rousseff tentará obter o apoio do governador de São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin, no debate contra a redução da maioridade penal. O tucano defende o aumento do tempo de internação dos jovens para até oito anos e a criação de instalações diferentes para receber os menores mais violentos.

Ao tentar se aproximar de Alckmin, o governo buscará evitar a aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que está em tramitação na Câmara para reduzir a maioriadade penal. Em troca, o Palácio do Planalto aceitaria discutir uma mudança no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) para aumentar o período de internação dos menores que cometam crimes violentos, ideia aventada por Alckmin.
Outra linha de ação do governo para tentar aumentar resistências à diminuição da maioridade penal no Congresso será apoiar o projeto que eleva as penas de adultos que usem menores para cometer crimes.

Mas a articulação do governo não será fácil. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), está decidido a votar a redução da maioridade penal já neste mês. O peemedebista reagiu às manifestações do Palácio do Planalto contra a proposta dizendo que a redução da maioridade é assunto da sociedade e não do governo.

A correlação de forças na Câmara é mais favorável a Cunha. Mas uma batalha haverá.

A “agenda positiva” que o Palácio do Planalto buscará colocar em prática a partir deste mês atende a um pedido do PT e do ex-presidente Lula para que o governo não fique tratando apenas do ajuste fiscal, um assunto impopular.

Serão lançadas medidas de investimento que já poderiam ter sido tomadas, mas que ficaram para este mês por cálculo político.

Haverá a divulgação do Plano Safra, que é o financiamento do agronegócio, único setor da economia que cresceu neste ano.

Depois do feriado desta quinta, será divulgado o pacote de concessões de bens públicos à iniciativa privada, como aeroportos, estradas e portos.

E, até o final do mês, serão anunciados incentivos para a exportação e a terceira fase do Minha Casa, Minha Vida, que é o grande programa habitacional do governo.

No fundo, a “agenda positiva” de junho é uma tentativa de sair dar cordas e dar algum gás à economia. Mas há ruídos entre as áreas política e econômica.

Em contraste com o discurso positivo, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, soou pessimista ao falar que o ajuste fiscal vai durar até 2017. E Joaquim Levy (Fazenda) apostou num início de recuperação já no segundo semestre, mas ressaltou que seria “lenta” e “tijolo a tijolo”.

 http://www.blogdokennedy.com.br/dilma-buscara-apoio-de-alckmin-contra-reducao-da-maioridade/

Defensores da redução da maioridade penal apoiam habilitação aos 16 anos

Parlamentares acreditam que direito de dirigir passa a ser uma demanda natural de jovens que já votam e poderiam ser responsabilizados criminalmente

Deputados que têm feito a defesa mais contundente a respeito da diminuição da maioridade penal também apoiam que jovens a partir de 16 anos possam tirar carteira de habilitação. Relator da Proposta de Emenda à Constituição da redução da maioridade penal, Laerte Bessa (PR-DF) diz que não abordará essa questão em seu relatório, mas diz defender que jovens a partir de 16 anos possa tirar habilitação.
Para parlamentares, reduzir a idade da Carteira Nacional de Habilitação para os 16 anos é um processo natural
Para parlamentares, reduzir a idade da Carteira Nacional de Habilitação para os 16 anos é um processo natural
“Não há impedimento algum que se promova no Código de Trânsito para que [o limite] para habilitação seja aos 16 anos. O menor que responde [criminalmente] também está apto a dirigir. Hoje o menor de 16 anos não é o mesmo menor de 16 anos de 70 anos atrás”, diz Bessa.

Perguntado se a redução da maioridade penal facilitaria esse outro passo em direção à concessão de habilitações para jovens de 16 anos, ele garantiu que não pedirá nada nesse sentido. “Pode até ser o caminho, mas nossa PEC não vincula nenhuma situação que venha a condicionar a habilitação aos 16 anos. Estamos tratando de redução da maioridade penal”, afirma.

Linha de frente na defesa da redução da maioridade penal, Alberto Fraga (DEM-DF) diz não fazer sentido propor a responsabilização criminal de jovens a partir de 16 anos e ser contra a tese de que essa faixa etária possa ter habilitação. “Não tem como falar em redução da maioridade para 16 anos, considerando que esse jovem de 16 anos já pode votar, e não permitir. É natural que se coloque uma permissão, a partir da redução, para que se possa dirigir aos 16 anos”, diz Fraga.
Aumento de mortes e regras

Darcísio Perondi (PMDB-RS) é contrário à redução da maioridade penal e diz que a aprovação da PEC poderia gerar efeitos reflexos. Entre eles, que jovens de 16 anos passem a poder tirar habilitação. “Não é por mera idade que se dá a permissão de dirigir a partir dos 18 anos. Nessa idade a pessoa está quase madura e aos 16 anos não”, afirma Perondi. “Com certeza isso aumentará as mortes no trânsito. A morte do jovem de 16 anos é provocada por ele. Mais jovens vão morrer e não quero isso para os meus netos”, criticou o gaúcho, que questionou a segurança de um jovem dirigindo uma carreta numa estrada.

Fraga argumenta que basta criar mecanismos restritivos para os condutores entre 16 anos e 18 anos. “Estamos falando de responsabilidade. Basta estabelecer regras para que esses jovens não possam, por exemplo, dirigir ônibus ou caminhões. Agora, se você dá responsabilidade a eles pelos crimes que cometem não vejo problemas em fazer o mesmo a respeito de direção”, defende.

A liberação da habilitação aos 16 anos com regras de restrição é a tese defendida por Eduardo Bolsonaro (PSC-SP). “Sou favorável, mas acho que você pode criar regras, por exemplo, esse jovem não pode dirigir senão na presença do pai e também pode-se limitar essa habilitação somente para que ele dirija em sua própria cidade”, afirma Bolsonaro. “Se ele cometer alguma infração poderia ter sua habilitação cassada até que completasse 18 anos”, sugere.

Defensor de uma redução mais ampla da maioridade penal, Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ) também apoia a habilitação aos 16 anso. Ele defende que a redução da maioridade penal seja modificada para 12 anos. “Reduzir para 16 anos o direito a habilitação me parece justo. Eles já podem votar, acho que poderiam sim dirigir”, disse ele, que discorda de Perondi sobre potenciais aumentos nos casos de morte no trânsito. “Não acredito que isso torne o trânsito mais perigoso. Muito mais perigoso do que isso é a mistura de álcool e direção”, opina o deputado.

http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2015-06-02/defensores-da-reducao-da-maioridade-penal-apoiam-habilitacao-aos-16-anos.html