terça-feira, 3 de março de 2020

Professores da rede municipal de São Luís fazem protesto e pedem reajuste de 32,15%

Categoria realizou paralisação de advertência nesta terça-feira (3) na Praça Deodoro, em São Luís.

Professores da rede municipal de ensino de São Luís realizaram nesta terça-feira (3) uma paralisação de advertência em frente a Biblioteca Pública Benedito Leite, na Praça Deodoro localizada na região central da capital. A categoria cobra um reajuste salarial de 32,15% e afirma que o valor é referente as perdas salariais dos últimos quatro anos.


Nem mesmo a forte chuva registrada durante toda a manhã atrapalhou o protesto dos professores. Com faixas e cartazes, a categoria tentava chamar atenção da Secretaria Municipal de Educação (Seduc) para a questão salarial, além de cobrar melhores condições de trabalho nas escolas.


A categoria afirma que um profissional com início de carreira ganha, em média, R$ 2.326,00 e que um salário mais alto de um professor da rede municipal que trabalha até 40 horas semanais pode chegar a R$ 4.662,00. A Prefeitura de São Luís enviou um projeto de Lei para a Câmara Municipal pedindo autorização para votar o abono salarial dos professores.

Professores da rede municipal de ensino realizam protesto em São Luís (MA) — Foto: Reprodução/TV MiranteProfessores da rede municipal de ensino realizam protesto em São Luís (MA) — Foto: Reprodução/TV Mirante
Professores da rede municipal de ensino realizam protesto em São Luís (MA) — Foto: Reprodução/TV Mirante

“É uma profissão muito difícil de escolher. Não é só pela questão salarial, mas é uma questão de valorização e a gente percebe nas falas tanto dentro da escola, quanto em ambientes fora da escola, que as pessoas não querem ser professores e quando lembram da palavra professor, já falam ‘ixi... é o sofressor’. É o profissional mais mal pago e desvalorizado”, desabafou Milton Júnior, professor.

Os professores também estão preocupados com o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) responsável pelo financiamento da educação básica do país e dos salários da categoria, que tem previsão para ser encerrado em dezembro de 2020.

“Atualmente ele tem uma validade até dezembro deste ano e a partir de então, vai ser um futuro incerto aos profissionais da educação. Isso vai prejudicar toda a educação básica pública, onde vão ter a incerteza do recurso do que garante a educação pública e onde pode haver aí somente trabalhadores que não vão ter suas salas de aula. Como os alunos que não terão a garantia de terem as matrículas ofertadas na educação pública e isso é gravíssimo para a sociedade”, explicou Nathália Santos, dirigente do Sindeducação.

Procurados pelo G1, a Prefeitura de São Luís e a Câmara Municipal ainda não se manifestaram sobre as reivindicações da categoria.

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