Manifestantes ocuparam na manhã desta terça-feira (10) a marginal Tietê,
nas imediações da ponte do Tatuapé, como parte de uma série de
protestos contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Mais cedo,
os integrantes de movimentos sociais haviam interrompido o trânsito nos
dois sentidos da avenida 23 de Maio, próximo ao Terminal Bandeira, na
marginal Pinheiros, perto da ponte do Brooklin, e na rodovia Hélio
Schmidt, que dá acesso ao Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Manifestantes ocuparam na manhã desta terça-feira (10) a marginal Tietê,
nas imediações da ponte do Tatuapé, como parte de uma série de
protestos contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Mais cedo,
os integrantes de movimentos sociais haviam interrompido o trânsito nos
dois sentidos da avenida 23 de Maio, próximo ao Terminal Bandeira, na
marginal Pinheiros, perto da ponte do Brooklin, e na rodovia Hélio
Schmidt, que dá acesso ao Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Os atos começaram simultaneamente por volta das 6h30 da manhã. No
entanto, às 7h30 a rodovia Hélio Schmidt e a marginal Pinheiros, na
região do Morumbi, permaneciam parcialmente ocupadas por manifestantes.
O coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP), Raimundo
Bonfim, contestou a argumentação usada para o processo de destituição de
Dilma. “Eles podem dizer que é uma violência fechar uma avenida como a
23 de Maio e outros pontos na cidade de São Paulo. Mas não é uma
violência em comparação com o que eles estão fazendo com a Constituição
brasileira. Está tendo um processo de impeachment que não tem
embasamento jurídico, essa é a maior violência”, ressaltou em entrevista
logo após o fim do bloqueio próximo ao Terminal Bandeira.
As principais preocupações dos movimentos são em relação aos direitos
trabalhistas e aos programas sociais. “Um eventual governo Temer já
sinalizou que será um governo de ataque às conquistas dos trabalhadores,
no sentido das leis trabalhistas e previdenciária, dos programas
sociais e da própria soberania do nosso país”, disse Bonfim.
Para o coordenador, a decisão do presidente interino da Câmara, Waldir
Maranhão, de anular a sessão que aprovou a continuidade do impeachment e
as repercussões do fato explicitam os problemas do sistema político.
“É uma situação que demonstra a fragilidade, fragmentação e falta de
autoridade do Congresso Nacional, tanto da Câmara dos Deputados, quanto
do Senado”, disse, ao defender a necessidade de uma reforma no sistema
político.
Maranhão decidiu ontem acatar um recurso da Advocacia-Geral da União e
anular a sessão que votou pela abertura de processo de impedimento
contra Dilma. A decisão foi, entretanto, ignorada pelo presidente do
Senado, Renan Calheiros, que determinou que fosse lido o parecer
favorável à admissibilidade do processo no plenário da Casa. Com isso,
começou a contar o prazo de 48 horas para que os senadores votem a
admissibilidade e o afastamento da presidenta por 180 dias, o que deve
ocorrer nesta quarta-feira (11).
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