Chefes de Estado e de governo expressam condolências aos Estados Unidos e reforçam urgência de combate a crimes de ódio.
Uma série de líderes mundiais manifestaram-se sobre o massacre que deixou 50 mortos e 53 feridos numa casa noturna gay de Orlando, na Flórida, nesse domingo (12).
"Nós estamos firmemente determinados a continuar com uma vida tolerante
e aberta, mesmo que ataques mortais como esse nos causem profunda
tristeza", declarou a chanceler federal alemã, Angela Merkel, que
iniciou uma visita oficial à China nesta segunda-feira.
Ao lado do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, Merkel afirmou que é
assustador que "o ódio e a maldade de um só homem tenha custado a vida
de 50 pessoas". Omar Mateen, de 29 anos, cidadão americano de origem
afegã jurou lealdade ao grupo "Estado Islâmico" (EI) antes do ataque.
O alto comissário da ONU para Direitos Humanos, Zeid Al Hussein,
condenou o ataque supostamente planejado devido à orientação sexual das
vítimas.
O presidente russo, Vladimir Putin, enviou condolências ao presidente
americano, Barack Obama, e disse que a Rússia compartilha da dor e da
tristeza dos familiares das vítimas do "crime bárbaro".
O presidente de Israel, Reuvén Rivlin, lamentou o massacre no clube
Pulse. "O ataque contra a comunidade LGBT de Orlando é tão covarde
quanto anormal", escreveu em comunicado dirigido a Obama. "O povo de
Israel se mantém ombro a ombro com nossos irmãos e irmãs americanos na
luta moral e justa contra toda forma de violência e ódio", disse.
O governo japonês expressou solidariedade com os Estados Unidos "neste
momento difícil". "O terrorismo é um desafio contra os valores que o
Japão e os EUA compartilham. Seguiremos trabalhando na luta contra o
terror junto à comunidade internacional", afirmou o primeiro-ministro
japonês, Shinzo Abe, que se mostrou "profundamente comovido e
indignado".
No domingo, Obama classificou o pior massacre a tiros da história
recente dos EUA como um ato de terror e ódio. "O massacre nos lembra
como é fácil pôr as mãos numa arma que permite a eles atirar em pessoas
em escolas, em uma casa de culto, cinemas e clubes noturnos", disse
Obama ao reforçar a necessidade de debate sobre o porte de armas no
país.
Homenagem no Tony Awards
Na noite de domingo, a cerimônia do Tony Awards, considerado o Oscar do teatro, homenageou vítimas do massacre.
"A tragédia de vocês é a nossa tragédia. O teatro é um lugar onde há
espaço para todo mundo, todas as raças, orientações sexuais e credos. O
ódio nunca vencerá", disse o apresentador britânico James Corden no
início do evento.
O musical de hip hop Hamilton venceu a premiação com 11 estatuetas. Ao
anunciar o vencedor, a atriz Barbra Streisand se juntou aos atores
presentes no palco e prestou uma homenagem aos mortos em Orlando.
"Hoje a nossa alegria é tingida de tristeza. A arte pode nos educar e divertir e, em momentos como esse, nos consolar", disse.
http://noticias.terra.com.br/mundo/estados-unidos/lideres-mundiais-condenam-massacre-de-orlando,073e76c8b31ba4d443856ac7e95b89fclozqox08.html
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