Integrantes do Palácio do Planalto e aliados do governo
comentavam a portas fechadas desde o fim da semana passada que havia o
risco de Marcelo Odebrecht, ex-presidente do grupo que carrega seu nome,
fechar um acordo de delação premiada com a Operação Lava Jato. Se
confirmado, diziam, a colaboração seria "uma bomba atômica".
A disposição dos executivos da empreiteira e do próprio Marcelo de
fecharem o acordo foi oficializada nesta terça-feira (22). Na nota em
que noticiou publicamente sua decisão, a Odebrecht tratou sua oferta
como uma "colaboração definitiva".
O potencial das revelações que podem ser feitas pelos executivos da
empreiteira preocupa o Planalto e reforça o discurso que vem sendo
feito a dirigentes de partidos aliados: o de que a lava Jato montou um
cerco não só "ao PT, mas a todos os partidos que ajudam o governo".
Segundo a narrativa de aliados de Dilma, seria preciso compreender
que "nem a oposição" sairá ilesa dos avanços da operação. Em conversas
privadas, integrantes do governo têm dito que siglas como o PMDB
cometerão um erro se acreditarem que o impeachment da petista colocará
um freio à crise.
http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2016/03/politica/489286-para-aliados-de-dilma-delacao-de-odebrecht-e-bomba-atomica.html?ref=yfp
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